sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Dassault tenta vender caças com novo radar


Fabricante do Rafale C, um dos modelos avaliados pela FAB, incluiu a transferência de tecnologia de radar ao Brasil para tentar ganhar contrato

A Dassault Aviation, a fabricante do jato francês Rafale  C, finalista no processo de escolha de um novo caça para a Força Aérea Brasileira (FAB), vai incorporar, à sua proposta para o governo do Brasil, o novo radar AESA de alta tecnologia.

De acordo com Jean Marc Merialdo, diretor da corporação, "com esse equipamento, a FAB terá em mãos, todo o estado da arte em radares de aeronaves de combate, cujo conhecimento é atualmente dominado somente pela França e pelos Estados Unidos".

Segundo Merialdo, "o complexo industrial brasileiro terá acesso total à tecnologia do RBE2 AESA, a partir do nosso compromisso de compartilhamento irrestrito de informações estratégicas". O executivo ressalta que a incorporação não vai elevar o preço de aquisição do Rafale C.

O radar foi desenvolvido pela Thales, integrante do consórcio Rafale International. A versão de segunda geração começou a ser pesquisada em 2004, e recebeu um investimento inicial de 90 milhões.

O dispositivo é capaz de localizar e identificar simultaneamente até 40 aeronaves - e de tratar como alvos de 8 a 10 delas. Faz, ainda, o acompanhamento digital do terreno sobrevoado, facilitando a penetração a baixa altura em ataques de precisão.

O AESA, todavia, não está livre de problemas. O sistema processa grande volume de dados e, para isso, precisa de computadores de desempenho especial - muito velozes e com alto coeficiente de armazenamento.

Compra. A escolha do novo caça da FAB é uma pendência que dura 17 anos. Suspensa, cancelada, reaberta e adiada, a seleção é um negócio inicial de US$ 6 bilhões envolvendo 36 caças avançados. Os outros dois concorrentes são o F-18 E/F Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab.

O governo brasileiro exigirá dos vencedores a transferência de tecnologia sensíveis ao País e a construção das aeronaves no Brasil a partir de determinado ponto. A aeronave será o padrão de todos os tipos de uso em combate da FAB e da aviação naval.

A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar a decisão até o fim do ano.

*As informações são do jornal paulista "O Estado de São Paulo", no entanto, pelo que me consta, a Dassault nos oferece o Rafale no padrão "F3".

12 comentários:

  1. Melhor proposta pra FAB hoje
    o resto Sao Contos de Fada ( Boeing ,Saab)

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  2. Mesmo que o Brasil tivesse uma centena de aviões de última geração (o que defintivamente não é o caso), sem um sistema de satélites militares (ou ao menos um), em caso de conflito armado todos eles terminariam por ficar no chão, como já aconteceu em outros países que tinham bons aviões mas não um satélite militar! Estou certo ou errado?

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    1. Quem lhe disse que o Brasil não tem satélites militares? E qual é relação satélite/militar com a aviação de caça?

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    2. Satélites militares permitem ter um completo quadro do campo de batalha (posicionamento de tropas, etc), permitindo estabelecer alvos a seres atacados pelos aviões e também importante papel na localização de aeronaves inimigas. E a que satélite militar brasileiro você se refere? Ao que eu saiba, o Brasil ainda não construiu nenhum satélite militar proprietário e o lançou do território nacional!

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    3. Sua explicação sobre os satélites militares não é muito boa. Hoje, um caça moderno pode alçar voo para uma missão de treinado e no meio dessa missão de treinamento, se dados de satélites, o piloto pode deslocar seu caça para qualquer lugar e efetuar um ataque extremamente preciso, haja vista a tecnologia embargada nos caças (radares, sensores e etc). Pelo que você sabe o Brasil não tem satélite militar? O Brasil é um dos poucos países no mundo que constroem satélites militares. O Brasil tem um satélite para vigiar exclusivamente o desmatamento na Amazônia, o seu uso é civil e militar, você sabia? Os mais modernos satélites que o Brasil construiu são de uso civil e militar, o mesmo acontece com os EUA, Rússia, Alemanha, França, Inglaterra... Mas o Brasil não quer mais satélites para utilizar juntamente com os civis e teremos já em 2014 um satélite 100% militar.

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    4. Sua explicação sobre a modernidade dos caças não é muito boa...em qualquer lugar do mundo, quando um piloto decola, ele já o faz sabendo exatamente qual é o objetivo de sua missão, qual seu alvo, enfim, todos os detalhes do mesmo, coisa que só pode ser fornecida com o uso de satélites militares. E uma vez que o Brasil nunca conseguiu lançar um satélite que seja (na última tentativa, o país conseguiu a façanha de explodir o veículo lançador ainda na montagem!), que país lançou para o Brasil os seus ditos satélites militares?

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    5. Muita coisa é desconhecida.
      Necessitamos meios de comunicação realmente nacional.
      Os que temos não passam de 5º coluna.

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    6. Eu não irei adentrar no assunto dos satélites, visto que você não tem embasamento para fomentar uma discussão. Todos os satélites que o INPE faz uso, podem ser usados pelos militares brasileiros, você não sabia? O Brasil engana os países da América Latina e do mundo com a falsa promessa de que nossos satélites são para o uso civil, coisa que não é. Por que o Brasil faria a burrada de dizer para revelar que seus satélites podem ser usados pelos militares, algo como Chile fez ao comprar um satélite da EADS em 2008, causando assim a irritação da Bolívia, Argentina e Peru? E olha que o satélite comprado pelo Chile é bem inferior aos nossos. Quem lança nossos satélites? Geralmente nossos sócios chineses. Sim, geralmente o piloto alça voo tendo visto imagens de satélite de um alvo pré-determinado, mas isso é só para ele se familiarizar com o seu alvo, pois o mais importante são as coordenadas. Imagine você em guerra, em uma missão de patrulha do espaço aéreo, você não terá as imagens de satélite, mas informações mais precisas fornecidas pelo radar do seu caça ou pelos AWACs.

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    7. Não sabia estar lidando com um especialista em satélites e afins! Vivendo e aprendendo! Agora, isto de um país como o Brasil conseguir enganar TODOS os países da América Latina e do resto do mundo quanto à utilização de satélites militares...isto mais parece coisa daqueles sites malucos sobre teorias conspiratórias do que de um site que se julga sério! Melhor falar pouco para não falar besteiras sem absolutamente nenhuma fonte de confirmação!

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    8. Eu só falo o que eu sei, cidadão. O Brasil utiliza seus satélites civis para fins militares, aliás, isso acontece em vários países do mundo, como nos EUA. Aliás, os EUA utilizam até os satélites civis do Canadá para uso militar, você sabia disso?

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    9. Claro que você só fala o que sabe, claro...o Brasil engana TODOS os países do mundo quanto à utilização de satélite militares, mas é incapaz de enganar a você...sim, claro que você só fala o que (pensa)sabe(r)...

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    10. Na verdade não enganamos, mas sim não falamos a real utilização dos nossos satélites, como o Chile fez e só fez criar desavença no cone sul.

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