segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Livro diz que a princípio Barak foi contra ataque ao reator nuclear sírio
De acordo com o livro “Spies Against Armageddon: Inside Israel's Secret Wars”, Olmert, Ashkenazi e Dagan se opuseram a Barak ao plano de ataque ao reator nuclear sírio em Dir a-Zur por questões políticas
O ministro da Defesa da Israel, Ehud Barak, está pressionado por um ataque as instalações nucleares iranianas, mas cinco anos atrás ele teve uma forte oposição ao ataque bem-sucedido ao reator nuclear sírio, revela um novo livro.
De acordo com relatórios estrangeiros, a Força Aérea Israelense bombardeou o reator nuclear sírio na região de Dir a-Zur em 6 de setembro de 2007 sob um véu de segredo. Só depois de seis meses depois, funcionários do governo dos EUA anunciaram que o reator nuclear, que a Síria estava construindo com a ajuda da Coréia do Norte, foi destruído. Israel nunca admitiu que bombardeara tal reator.
Em seu livro “Spies Against Armageddon: Inside Israel's Secret Wars”, Dan Raviv e Yossi Melman afirmam que Barak pediu para aditar o ataque, apesar dos relatos da inteligência indicarem que o reator se tornaria operacional dentro de meses.
Pouco tempo depois, em uma reunião secreta para a discussão de um ataque ao reator sírio, o então primeiro-ministro Ehud Olmert e o ministro da Defesa Ehud Barak votaram a favor de um ataque depois de perceber que seria luz verde para governo.
“Se em 1991 a oposição do presidente Shimon Peres era contra o ataque (ao reator nuclear iraquiano de Osirak), desta vez a oposição veio de dentro do governo, e surpreendeu os ministros e os aparatos de segurança”, afirma o livro.
“Barak não disse que ele era contra um ataque na Síria, em princípio, mas argumento que Israel poderia esperar alguns meses. O problema era que todo mundo sabia que isso não era o caso, porque os materiais radioativos seriam colocados no reator em poucos meses, e Israel não poderia arriscar um ataque que poluísse o meio-ambiente. Olmert exigiu uma votação de gabinete sobre o assunto. Barack capitou e se junto aos apoiadores (do ataque).
O livro também descreve as rusgas posteriores entre Olmert e Barak, bem como os atritos entre Barack e o então Chefe do Estado Maior das Forças de Defesa de Israel, o general Gabi Ashkenazi e o ex-diretor do Mossad, Meir Dagan. “Essas divergências se tornariam cicatrizes que nunca curaram. A animosidade entre essas pessoas aumentou, e alguns anos mais tarde, daria forma ao debate em torno programa iraniano (nuclear)”, afirma Melman e Raviv em seu livro.
“Barak é a favor (de um ataque ao Irã), enquanto os outros três (Olmert, Ashkenazi e Dagan), apesarem de não se expressarem publicamente, perderam sua confiança nos cálculos do ministros da Defesa”.
Segundo os autores, Olmert e outros altos funcionários se opuseram ao ataque na Síria por considerações políticas e pessoais relacionadas à Comissão Winograd, encarregada de investigar a atuação do governo e das Forças Armadas de Israel durante a Guerra do Líbano de 2006.
"Ashkenazi, Dagan e particularmente Olmert concluiaram que o ministro da Defesa estava esperando que o primeiro-ministro teria que renunciar e que ele - Barak - seria nomeado (primeiro-ministro) em seu lugar ou servir como ministro da Defesa em um governo alternativo liderado por Benjamin Netanyahu, no qual ele seria mais influente ", diz o livro.
Só para efeito de informação: Esse livro afirma que o Mossad matou pelo menos 4 cientistas nucleares iranianos.
Sem contar o fisico nuclear brasileiro morto pelo mossad na decada de 80.
ResponderExcluirAcho que a pessoa que você se refere não era um físico, mas sim o dono do programa nuclear militar brasileiro. Ele era um brigadeiro da FAB, se eu não me engano.
ExcluirMeu erro, era o tenente-coronel aviador José Alberto Albano do Amarante, engenheiro eletrônico.
ExcluirAcho que além desse, há mais um que fora assassinado a tiros.
ExcluirO que prova a capacidade de defesa do Irã, é Israel demorar tanto para lançar o tal ataque, em 81 bombardearam o reator nuclear do Iraque e ficou por isso mesmo,em 2007 bombardearam o da Síria e ficou por isso mesmo, agora com o Irã estão falando, falando e cade de atacar?
ResponderExcluirMais porque o Mossad em vez da CIA mataria o tenente-coronel que comandava o programa nuclear brasileiro? Afinal de contas os EUA tem bem mais interesses em querer o Brasil fraco para toma-lo e não Israel q está do outro lado do planeta.
ResponderExcluirUé, você esqueceu que as agências de inteligências do ocidente coordenam suas ações? Sem contar que nem tudo o que a CIA sabe repassa para o Mossad e vice-versa.
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