OTAN se solidariza com a Turquia, mas recusa apela ao principio da defesa coletivo

O Conselho da Aliança Atlântica (OTAN) recusou hoje convocar o Artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte que consagra o princípio da defesa coletiva, mas se solidarizou inequivocamente com a Turquia ao qualificar de inadmissível a derrubada de um caça turco RF-4E pela Síria.

O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a Aliança estará “do lado da Turquia” a raíz do incidente, no entanto, a reunião celebrada hoje em Bruxelas, capital da Bélgica, por embaixadores dos 28 países membros, não discutiu uma eventual apelação ao Artigo 5 do Tratado de Washington, que permitiria interpretar a derrubada do caça turco como um ataque contra a Aliança em conjunto.

Rasmussen agregou que o encontrou girou em torno do Artigo 4, artigo esse que qualquer Estado membro pode solicitar casa veja em perigo sua soberania territorial, segurança ou independência politica.

Rasmussen qualificou de “absolutamente inadmissível” a derrubada do avião turco e manifestou sua esperança em ver a Síria dar todos os passos necessários para evitar uma situação semelhante no futuro.

Indagado sobre qual seria a posição da OTAN, caso a Síria derrube outro avião pertencente a um país membro da OTAN, Rasmussen disse que haverá conversas, se for necessário, para discutir que atitudes serão necessárias.”

A Turquia entrou na OTAN em 18 de fevereiro de 1952, junto com sua rival Grécia. A Turquia tem as Forças Armadas mais numerosas da OTAN depois dos EUA.