segunda-feira, 19 de março de 2012
Submarino nuclear brasileiro começa a ser desenvolvido em julho
O projeto básico de engenharia do primeiro submarino nuclear brasileiro começa a ser desenvolvido a partir do dia 9 de julho deste ano, quando o primeiro grupo de engenheiros brasileiros retorna da França. A etapa está inserida no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil (MB), iniciado em setembro de 2011, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, com a construção dos submarinos convencionais da classe Scorpène, de tecnologia francesa, passo inicial para a construção do submarino movido à propulsão nuclear.
Os 26 engenheiros brasileiros permaneceram um ano e meio na França para estudos e o retorno da equipe marca o início da execução do trabalho em solo brasileiro. Um grupo ficará no Rio de Janeiro e outra parte em São Paulo, junto ao Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP), para integrar informações referentes ao projeto de propulsão. O programa faz parte do acordo firmado com a França em 2008, no valor de R$ 6,7 bilhões, que prevê a transferência da tecnologia para o Brasil.
Gerenciado pela coordenadoria-geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Cogesn), o projeto abrange também a construção de um estaleiro, uma base para submarinos, uma unidade fabril para elementos metálicos, a construção de quatro submarinos convencionais, além da construção do primeiro submarino nuclear. O acordo, entretanto, não inclui componentes nucleares, cabendo à Marinha projetar e construir o seu sistema de propulsão nuclear e integrá-lo à plataforma projetada em conjunto com os técnicos franceses.
Iniciado agora, o projeto de engenharia do submarino terminará em 2015. Em 2016 será iniciada a sua construção em Itaguaí-RJ, com término em 2023, para testes de porto e de mar. Em 2025, o submarino entrará em sua fase operacional. Dessa forma, o país entrará para o seleto clube dos países que dominam a tecnologia da propulsão nuclear. China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia já são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
A reportagem do Cruzeiro do Sul visitou o Centro Experimental Aramar (CEA), em Iperó, em razão da comemoração do aniversário da Sociedade Amigos da Marinha - Soamar Sorocaba, e entrevistou o contra-almirante Luciano Pagano Junior, superintendente do Programa Nuclear do Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP), em São Paulo, sobre os avanços do Programa Nuclear da Marinha (PNM), cujo propósito é dominar a tecnologia necessária ao projeto e construção do submarino com propulsão nuclear.
Alavancando esse processo, duas novas instalações do CEA foram inauguradas recentemente em Aramar: a Unidade Produtora de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), um marco para o país no domínio completo do ciclo do combustível nuclear, e o Centro de Instrução e Adestramento Nuclear Aramar (Ciana), uma espécie de simulador destinado a capacitar os operadores do Laboratório de Geração Núcleoelétrica (Labgene) e as tripulações dos futuros submarinos. Planos futuros da Marinha ainda prevêem que o CEA comporte um Laboratório de Hidrodinâmica (Labhidro) para testes e ensaios da indústria naval.
No próximo mês de maio, a Marinha do Brasil também lança oficialmente em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) a instalação de cursos de engenharia nuclear em Aramar. A assinatura da cessão da área ocorre no dia 16, em São Paulo. Instituição de ensino tem planos futuros de implantar grade curricular também na área naval.
Ainda não existe nada de concreto desse submarino nuclear,apenas a interminável falácia,sobre um projeto que iniciou-se na década de 70 do século passado e tem prazo para terminar em 2023, se tudo correr dentro do cronograma,oque na verdade duvido muito, devido as inúmeras vezes em que os prazos não foram cumpridos e a incompetência dos responsáveis por esse projeto !
ResponderExcluirNão creio que haja incompetência no projeto. Falta dinheiro. Por inúmeras vezes o governo diminuiu ou cortou o financiamento. Alías, foi a Marinha que concebeu e desenvolveu toda a nossa tecnologia nuclear. Ela sabe perfeitamente o que faz.
ExcluirVocê é errado. O submarino nuclear brasileiro já é uma realidade e os contratos para a sua construção já foram assinados, bem como as verbas liberadas. Eu só acho que a Marinha já deveria ter terminado esse submarino, pois já se gastou muito. Mas a nossa Marinha pode ser tudo, menos incompetente.
ExcluirConcordo com Anonimo nao vai para frente . Verba e desculpa . CNPQ,FINEP dinheiro a fundo pedido sem controle e vem com esta conversa . E mais facil dizer EUA nao aceita.
ExcluirA maioria das questões envolvendo DEFESA no BRASIL é demorado.
ResponderExcluirÉ Incrível como o governo trata a DEFESA DO PAÍS como fosse VERBA para a MERENDA DA ESCOLA.
O Submarino operacional em 2025 é uma piada.
Se o BRASIL entrar em uma guerra antes??
Deveria ser investido um valor maior e acelerar o projeto.
Enquanto os brasileiros pensar apenas em FUTEBOL, CARNAVAL E NOVELA vai ficar difícil.
O tema DEFESA,SOBERANIA,SEGURANÇA NACIONAL E PODER DE DISSUASÃO precisa ser discutido melhor pela sociedade.
Enquanto os Americanos discuti SEGURANÇA NACIONAL, Os Brasileiros discuti CAMPEONATO DO BRASILEIRÃO, COPA DO MUNDO, SANTOS X CORINTHIANS, SÃO PAULO X PALMEIRAS E ETÇ...
Tão enganando os brasileiros com esse papo de submarino nuclear ,que Brasil vai entra para o grupo de países com submarino nucleares.Os submarinos nucleares russos e norte americanos tem tubos de 550 e 650 mm e mais uma variedade de armas anti navio,antiaerea,antisubmarino de longo alcance e misseis antinavio que vai 650 km e 12.000 km para os misseis intercontinental que pode leva ogivas nucleares. vomos ficar espertos nos vivemos no país da mentira e do tranbique.Puro marketing do PT ,LULA e dilma.
ResponderExcluirPrimeiramente aprende a diferença de um submarino nuclear estratégico para um de ataque.
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