segunda-feira, 5 de março de 2012

Em um ano, o Peru terá mísseis de longo alcance, 24 aviões e 100 mil fuzis, afirma ex-ministro da Defesa

Daniel Mora ressalta intercâmbio tecnológico com a Coréia do Sul

 Paulet II
Graças ao trabalho iniciado há quase duas décadas pelo Exército Peruano, o Peru já tem a sua disposição um foguete incialmente capaz de destruir um alvo a 100 km de distância, distância essa que poderia ser triplicada, e esse foguete se converteria em um míssil que elevaria o poder dissuasivo frente as ameaças potencias como o Chile, anunciou o congressista Daniel Mora.


Daniel Mora, que fora ex-ministro da Defesa do Peru, indicou que depois de mais de uma década de estudos, as Forças Armadas Peruanas já tem pronto o foguete Paulet, de fabrucação totalmente peruana e que tem aplicações civis e militares.

“É um desenvolvimento do que era do Projeto Terra nos anos 90, que fora trabalhado pela Oficia de Pesquisa e Desenvolvimento do Exército. Esse Paulet tem alcance inicial de 100 km, mas pode ser apontando para cima, de forma que chegue aos 300 km de distância”, disse Daniel Mora ao jornal La Razón.

O foguete Paulet é de fabricação totalmente peruana e seus fins iniciais eram civis, principalmente para estudos meteorológicos, mas nos últimos ano Força Aérea Peruana retomou o projeto original, desenvolvendo o Paulet II.


Tecnologia sul-coreana
Os militares peruanos já tem inclusive a tecnologia e equipamento para agregar um sistema de direção computadorizado ao Paulet, o qual o tornaria um míssil temível para qualquer agressor externo.

“Com uma cabeça que conte com equipamento digitalizado, sobre tudo GPS, o míssil pode ser redirecionado no ar, quando o alvo se mover”, disse Mora, sobre uma adaptação que não tomaria muito tempo, nem dinheiro ao se fazer.


Em outro aspecto, o general reformado do Exército Peruano mencionou que o Serviço de Manutenção Aéreo das Forças Armadas Peruanas (SEMAE) está servindo a aviação comercial, experiência que agora será usada com os aviões de guerra.

“Já esta terminado o processo para a fabricação de aviões por meio de uma parceria com a Coréia do Sul. São cerca de 24 aviões similares ao modelo Super Tucano que tem o Brasil, mas com uma vantagem: 32 técnicos peruanos serão capacitados para armá-los e dá-los manutenção. O custo dos aviões brasileiros é de mais de US$ 10 milhões cada um, e com isto (com a parceria com os sul-coreanos) podemos ter o mesmo com US$ 7 milhões”, disse Mora.

Não se atreverão
Mora recordou que faz algumas semanas que o titular do Ministério da Defesa do Peru, Alberto Otárola, esteve na Coréia do Sul discutindo alguns temas com as autoridades daquele país. Uma dos pontos discutidos foi a possibilidade da Coréia do Sul prover uma conexão via satélite para os aviões peruanos, tecnologia essa que inclusive poderia oferecer aos peruanos informação em tempo real das fronteiras e a zona do Valle del Río Apurímac y Ene.

“As 500 e 600 peças seria feitas no Peru e adquirimos tecnologia avançada. Com isto os chilenos não se atreveriam atacar-nos se há um problema de fronteira”, disse Mora Zevallos.

Sobre os 100 mil fuzis mencionados no título desse tópico, Mora Zevallos disse que os engenheiros do Exército Peruano já recuperaram 4 mil fuzis comprados em décadas passas e mais 100 mil podem ter o mesmo destino em pouco tempo.

Um comentário:

  1. Se realmente tivermos um sistema de defesa integrado será bom. A UNASUL é necessária. Do contrário é apenas mais um bufão. E não sabia que eles tinham uma contenda com o Chile.

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