sexta-feira, 30 de março de 2012

Rússia e Índia conversam sobre o desenvolvimento de um míssil hipersônico

BrahMos
Rússia e Índia mantem conversas sobre o desenvolvimento de um novo míssil de cruzeiro supersônico, admitiu nesta sexta-feira Praveen Pathak, chefe do programa do míssil de cruzeiro BrahMos.

“Em um futuro próximo iremos criar um grupo de trabalho que trabalhará em conjunto na criação dos parâmetros do novo míssil em cooperação com os desenvolvedores, e também decidir o valor de quanto cada lado irá contribuir para o projeto”, disse Pathak.

O novo míssil será capaz de viajar a incrível velocidade de Mach 5-7.

“Queremos criar uma arma que não difere muito do míssil BrahMos no que tange a peso e dimensões, de modo que ele poderá ser usado nos lançadores existentes a bordo de navios ou plataforma terrestres”, disse Pathak.

“A Rússia tem um interesse de longa data em mísseis de alta velocidade e propulsão scramjet, armas essas que cooperação entre Rússia e Índia poderia projetar”, diz Douglas Barrie, analista de guerra aérea do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos com sede em Londres, Inglaterra.

Novo sistema de navegação para tanques


Um novo sistema de navegação foi desenvolvido para os veículos blindados russos, incluindo os tanques T-72 e T-90, disse a empresa Science and Production Association NPO Progress em comunicado.

O sistema GALS-D2M, segundo a própria Science and Production Association NPO Progress é superior a todos os sistemas do tipo russos e seus análogos americanos.

Ele pode operar via Glonass ou GPS, ambos sistemas de posicionamento global.

O GALS-D2M tem um “preço competitivo”, disse a empresa em comunicado sem fornecer maiores detalhes.

Rússia lança satélite militar


A Rússia lançou nesta sexta-feira um satélite militar desde o cosmódromo de Baykonur (Kosmodrom Baykonur), situado na República do Cazaquistão, comunicou hoje o porta-voz do Ministério da Defesa para as Tropas de Defesa Aeroespacial, o coronel Alexei Zolotukhin.

“O lançador Proton-K com um satélite de uso militar foi lançado desde do cosmódromo de Baykonur nesta sexta-feira as 05:49 GMT”,  disse Zolotukhin. De acordo com o programa de voo, as 12:27 GMT o satélite se desacoplará do bloco acelerador DM-2 e passará ao comando das unidades terrestres das Tropas de Defesa Aeroespacial que controlarão seu voo orbital.


Brasil e Turquia iniciam conversas sobre potencial parceria na área de defesa


Dilma e o presidente da Turquia, Abdullah Gül

Cerca de 40 integrantes dos ministérios da Defesa do Brasil e da Turquia e representantes das indústrias de defesa dos dois países reuniram-se ontem e hoje, em Brasília, para começar a definir caminhos visando uma possível parceria estratégica na área.

O objetivo do encontro foi duplo: apresentar o cenário atual e as perspectivas da indústria de defesa de ambos os países, bem como iniciar, em nível governamental, os preparativos para a visita oficial do ministro da Defesa turco, Ismet Yilmaz, ao Brasil. A viagem está prevista para os próximos dias 7 e 8 de maio.
Durante as reuniões, realizadas no 8º andar do Ministério da Defesa (MD), representantes de cada país apresentaram sua própria perspectiva sobre o setor, além de dialogarem sobre possíveis formas de trabalharem juntos.

Pelo lado brasileiro, a exposição a cargo do MD concentrou-se em quatro tópicos: estrutura do órgão; plano de modernização das Forças Armadas; Lei 12.598/2012, que prevê incentivos às indústrias de defesa brasileiras; e Estratégia Nacional de Defesa (END).

Falando em nome das empresas de defesa no Brasil, Armando Lemos, diretor-técnico da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), fez um panorama do setor no país, abordando também tópicos como tecnologia, multidisciplinaridade e capacitação profissional.
Representando a delegação turca, Ertaç Koca, da Subsecretaria de Indústrias de Defesa, apresentou dados atualizados e traçou um quadro da evolução do setor em seu país.

Ele explicou que a prioridade, na Turquia, é o fornecimento interno e, depois, a exportação. Segundo Koca, a indústria de defesa turca tem mais de 300 projetos em andamento e tem feito sólidos investimentos em pesquisas.

Parte do encontro foi dedicada também a “rodadas de negócios”. De acordo com o responsável pelo cerimonial da reunião, coronel Roberto Simões Ferreira Filho, essas rodadas, realizadas em salas isoladas, tiveram por objetivo fazer com que “o brasileiro certo conversasse com o turco certo, com o máximo de eficiência.”

A reunião definiu ainda a constituição de um Grupo de Trabalho Industrial, que irá tratar de uma agenda conjunta, envolvendo representantes das indústrias de defesa dos dois países, a ser cumprida durante a visita do ministro da Defesa turco ao Brasil, em maio próximo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Argetina, Bolívia, Paraguai e Uruguai demonstram interesse no treinador avançado russo Yak-130 Mitten

Os comandantes de pelo menos 4 Forças Aéreas da América do Sul mostraram interesse no caça de ataque ao solo e treinamento avançado russo Yakovlev Yak-130 Mitten, afirmou Yakovlev nesta quinta-feira.

“Nós conduzimos negociações com a os comandantes das Forças Aéreas da Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai”, disse vice-presidente de marketing da Irkut durante a FIDAE-2012, Vladimir Sautov.

Eles mostraram interesse em uma versão monoposto e não na versão biposto, disse Sautov acrescentando que a Irkut poderia fabricar uma versão monoposto caso haja uma grande encomenda. O Yakovlev Yak-130 até o momento é fabricado em versões biposto.

A Irkut começou a exportar o Yakovlev Yak-130 em 2011.

T-90S é exibido pela primeira vez ao público estrangeiro


Começou hoje em Nova Delhi, capital da Índia, a Defexpo 2012, uma feira internacional de armamento. Esse ano a atração da feira é o tanque de batalha russo T-90S, modelo que exibido pela primeira vez para o público estrangeiro.

Victor Komardin, subdiretor da Rosoboronexport e chefe da delegação russa na Defexpo 2012, disse que a nova versão do T-90S é o “destaque forte” da mostra. “O Exército Indiano já tem em seu arsenal os T-90S, mas moderniza estudar a aquisição dessa versão (modernizada) que, na realidade, é uma máquina totalmente nova”.

A última versão do T-90S, equipado com motor diesel de 1.130 CV e transmissão automática, tem uma torre com um novo sistema automático de controle de tiro, sistemas ópticos que podem detectar, identificar e destruir alvos móveis de dia e de noite, um canhão de 125mm de alta precisão, uma metralhadora 7.62mm controlado por controle remoto, assim como sistemas dinâmicas que garantem um melhor grau de proteção contra mísseis antitanque, minas, explosivos e demais armas.

Atualmente a Índia dispõe de 640 tanques T-90S, que representam um quarto do seu parque de tanques. Uma licença conseguida em 2001 permite a Índia de fabricar até 1.000 tanques desse tipo. Em 2008-2011, a Rússia forneceu à Índia material bélico no valor de quase US$ 7 bilhões e entre 2012-2015, a Rússia pretende  exportar US$ 14,6 bilhões, segundo estimação do centro russo TsAMTO.

Para finalizar, além do T-90S Modernizado, a Rússia apresentará na Defexpo-2012 o sistemas de mísseis antitanque Kornet-EM, o veículo blindado Tigr, os sistemas de artilharia autopropulsada Nova-SVK, Msta-S, o blindado BTR-80A, o veículo de combate de infantaria BMP-3M, o lançador de múltiplo de foguetes Smerch, os helicópteros Mi-28NE, Ka-226T, Ka-226T, Ka-31 e Mi-17, o avião de reabastecimento em voo Il-78MK e o avião de transporte militar Il-76MD.

Rússia e Ucrânia produzirão o avião de transporte militar An-70 em Voronezh


O grupo ucraniano Antonov e empresa russa OAK fabricarão os aviões de transporte militar An-70 na cidade russa de Vorozezh, comunicou hoje Dmitri Kiva, presidente e projetista chefe da Antonov.

“Produziremos os An-70 na fábrica de construção aeronáutica de Voronezh (VASO)”, afirmou Kiva, citado pela agência de notícias ucraniana Unian.

Ele agregou que esta decisão é fruto das negociações que a Antonov e a OAK celebraram em 25 de março.

Kiva se recusou a falar de datas exatas para a fabricação das aeronaves, mas assegurou que as partes abordarão em um futuro próximo os preparativos necessários para essa produção em conjunto.

O An-70 será capaz de transportar cargas militares de 35 a 47 toneladas a uma distância de 3.000-5.000 km. Também poderá ser usado com aeronave de assalto aéreo (com até 300 homens) ou avião sanitário de evacuação (com mais de 200 feridos). Sua velocidade de cruzeiro alcança 750 km/h. Os sistemas de bordo permitem pousar o An-70 em aeródromos que carecem de equipamentos especiais em terra, tanto em pista de concreto como de terra de 600-700 metros.

A Polônia volta a ser lembrada por sua colaboração com a CIA


Zbigniew Siemiatkowski

O caso dos prisioneiros secretos da CIA, por muito tempo retido como interesse do Estado, volta a assombrar a Polônia. Na terça-feira (27), o jornal “Gazeta Wyborcza” revelou que o ex-chefe da agência de inteligência, Zbigniew Siemiatkowski, foi indiciado como parte de um inquérito sobre a existência de um centro de detenção americano na Polônia, entre 2002 e 2003. Por essa prisão teriam passado islamitas, no contexto da “guerra contra o terrorismo” iniciada após os atentados do 11 de setembro de 2001.

A procuradoria não quis confirmar essa informação, mas o indiciado se encarregou disso, explicando que ele se recusaria a depor diante da Justiça em nome da segurança nacional. Siemiatkowski está sendo processado por “privação ilegal de liberdade” e “uso de castigos corporais” contra prisioneiros. Portanto, o Estado polonês é suspeito de ter tolerado a tortura, praticada por agentes estrangeiros.

Esse indiciamento foi pronunciado no dia 10 de janeiro, em total discrição, pela procuradoria de Varsóvia. Esta também teria reunido elementos suficientes para pedir ao Sejm (Câmara Baixa do Parlamento) o comparecimento do ex-premiê Leszek Miller (SLD, ex-comunista) diante do Tribunal do Estado, em função da época dos acontecimentos. Mas não houve tempo para isso, pois Varsóvia foi preterida em prol da procuradoria de Cracóvia, por razões não explicadas.

A Justiça polonesa vem investigando desde 2008 o trânsito e a detenção de prisioneiros da CIA em seu território. Por muito tempo as investigações permaneceram em ponto morto. Mas houve uma aceleração no final de 2011, pois a agência de inteligência, pressionada pelo Tribunal Supremo, por fim transmitiu à procuradoria os documentos sobre a colaboração com os americanos. Ali foi revelado que os poloneses autorizavam o uso do aeroporto de Szymany, no norte do país, e de uma construção na base militar de Stare Kiejkuty.

As autoridades polonesas não teriam tido conhecimento dos atos de tortura contra os prisioneiros, segundo a versão oficial. Mas o próprio fato de fechar os olhos para as práticas das forças americanas parece altamente contestável, de um ponto de vista moral, jurídico e político. O local de detenção foi utilizado um ano depois dos atentados de 11 de setembro.

A Fundação Helsinki para os Direitos Humanos obteve os documentos das autoridades aéreas estabelecendo a frequência e a proveniência dos voos. “O primeiro data de 5 de dezembro de 2002 e vinha de Bangcoc, o último de 22 de setembro de 2003, levando a bordo cinco pessoas depois de aterrissar vazio”, explica ao “Le Monde” o professor Adam Bodnar, da Fundação Helsinki.

Segundo ele, teria havido no total entre 6 e 8 detentos nas mãos da CIA que passaram pelo centro de detenção, um pavilhão situado na base de Stare Kiejkuty. “Isso precisava de uma forte coordenação entre alfândega, autoridades aéreas e militares. Não era caso para três pessoas. As autoridades políticas certamente estavam a par disso.” Inclusive da tortura? “Não se pode afirmar com certeza”, explica Bodnar, “mas o próprio fato de deter pessoas ilegalmente durante quase um ano é uma violação da Constituição”.

Em 2011, dois prisioneiros na base de Guantánamo (Cuba), Abou Zoubeida - ex-braço direito de Osama Bin Laden - e o saudita Abd al-Rahim al-Nashiri, envolvido no ataque contra o navio americano USS Cole no Iêmen, foram reconhecidos como “vítimas” pela Justiça polonesa. Uma etapa-chave, que permite justificar o avanço das investigações.

Aliada histórica dos Estados Unidos, a Polônia sempre considerou Washington como seu principal parceiro e a melhor garantia de sua segurança. Aceitar as atividades secretas da CIA em seu solo era, para o governo da época, uma espécie de prova de amizade. Isso explica o constrangimento geral dos dirigentes políticos, para além das tradicionais divergências, mesmo que o governo fosse então de esquerda e, o atual, de direita.

O presidente da época, Aleksander Kwasniewski, e o primeiro-ministro Leszek Miller negaram obstinadamente a existência de uma prisão secreta. Quando o Direito e Justiça (PiS), o partido dos irmãos Jaroslaw e Lech Kaczynski, chegou ao poder em 2005, ele bloqueou os inquéritos, sobretudo o do Parlamento Europeu. A Lituânia e a Romênia também são acusadas de terem prestado assistência aos serviços americanos. Coincidência: no dia das revelações do “Gazeta”, uma audiência pública foi realizada sobre esse mesmo assunto no Parlamento Europeu, dentro da comissão de liberdades cívicas, justiça e assuntos internos.

Na Polônia, o avanço da investigação provocou uma onda de choque política. Janusz Palikot, cujo movimento obteve um desempenho inesperado (9,8%) nas legislativas de outubro de 2011, considerou que o caso era “uma vergonha para a Polônia”, que não podia ser “uma cortesã”. Leszek Miller, por sua vez, ressaltou que sua acusação veio justamente quando a coalizão governamental titubeava, em razão da reforma das aposentadorias.

Cúpula da Liga Árabe devolve ao Iraque sua importância regional


Vinte e dois anos depois, Bagdá volta a se vestir de gala para receber uma cúpula da Liga Árabe. Mas, hoje, nada mais é o que foi.

Nem a cidade, nem seus convidados. O esforço de embelezamento realizado pelo Iraque para a ocasião mal esconde as feridas de duas guerras, uma década de sanções, oito anos de ocupação americana e a consequente fratura sectária da sociedade. Os rostos dos visitantes também mudaram, não tanto por causa da passagem do tempo como pelas revoltas que, durante o último ano, desalojaram do poder vários dos protagonistas históricos dessa reunião. Resta ver se os novos atores serão capazes de imbuir de conteúdo a representação que sob o cartel da Síria trata sobretudo do Iraque e do mundo árabe.

"O objetivo da cúpula trata antes de tudo do Iraque", interpreta um embaixador europeu em Bagdá. Sem dúvida, trata-se de um triunfo pessoal para o primeiro-ministro Nuri al Maliki, que, no ano passado, com as revoltas árabes, foi obrigado a cancelar o encontro. Agora, depois do êxito interno em neutralizar seus rivais políticos do Iraqiya, chegou por fim o momento de reivindicar o peso exterior que corresponde ao País dos Dois Rios, a antiga Mesopotâmia que o tira-linhas britânico transformou em Estado moderno em 1932. A última vez que o Iraque hospedou uma cúpula árabe foi em 1990, pouco antes de Saddam Hussein invadir o Kuwait e conquistar a marginalização internacional.

Bagdá tenta agora salientar seu reingresso no circuito árabe, baixar o nível de tensão na medida do possível e equilibrar a balança entre seus vizinhos sunitas e o Irã. O problema, na opinião do diplomata, é que "a agenda contém assuntos que são atualmente insolúveis". Só um é suficiente para pôr em destaque os desafios e as contradições que enfrenta a cúpula e os árabes em geral: a Síria. "Tem de haver uma solução política, mudanças constitucionais e políticas fundamentais para uma transferência de poder, mas através de um processo promovido de dentro da Síria com a ajuda da comunidade internacional", declarou o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshiyar Zebari.

Suas palavras expressam a quadratura do círculo. Quando se reunirem nos remoçados salões do Palácio Republicano, às margens do Tigre, os líderes árabes não vão pedir que Bashar al-Assad deixe o poder. Embora em novembro passado tenham concordado com sua suspensão temporária da Liga, não há consenso para ir mais longe. A brutal repressão com que Assad reagiu aos protestos populares (9.000 mortos desde março do ano passado, segundo a ONU) levou o seu antigo aliado Catar e a Arábia Saudita a pedirem que a oposição se arme. No entanto, o Iraque, que compartilha uma fronteira de 600 quilômetros com a Síria, treme diante dessa possibilidade.

A oposição síria é, pelo mero peso da demografia, substancialmente sunita. Sua eventual ascensão ao poder em Damasco encorajaria os sunitas iraquianos, uma minoria marginalizada na nova ordem política saída da invasão americana e da derrubada de Saddam. Al Maliki, membro da majoritária comunidade árabe xiita do Iraque, governa com o apoio da minoria curda, e os sunitas o acusam de sectarismo. O assunto preocupa seus outros vizinhos árabes (majoritariamente sunitas), especialmente em um momento em que a rivalidade com o Irã xiita beira máximos históricos.

Por isso Al Maliki, que mantém excelentes relações com Teerã, evitou o convite de cortesia a seu poderoso vizinho oriental. Daí também que não esteja na agenda da cúpula o conflito entre a oposição (majoritariamente xiita) de Bahrein e sua monarquia sunita. E algumas das ausências.

Mas se as divisões foram uma constante desse fórum árabe, as novas linhas de fissuras são fruto do terremoto que sacudiu no ano passado esta região geopolítica. Basta um olhar para a foto de família com que, em 28 de março de 2010, se encerrou a 22ª cúpula em Sirte (Líbia) para compreender a mudança. O então anfitrião, Muammar Gaddafi, morreu degolado nas mãos dos amotinados líbios em outubro do ano passado; o egípcio Hosni Mubarak está sendo julgado pela matança de civis durante as manifestações contra seu governo; o tunisiano Zine el Abidine Ben Ali se encontra refugiado na Arábia Saudita; o iemenita Ali Abdalah Saleh aceitou transferir o poder diante do risco de acabar como algum dos anteriores, e os demais autocratas se viram obrigados a realizar mudanças para se manter no poder.

Nos países em que se realizaram eleições venceram os islâmicos, que até agora estavam afastados do poder. Resta ver de que forma esses novos representantes vão influir nessa instituição imbuída durante meio século de ideologia nacionalista árabe. Reidar Visser, especialista em Iraque e autor de historiae.org, dedicado a seu estudo, opina que Bagdá "deseja voltar-se para esses países às custas dos Estados conservadores do Golfo".

O governo iraquiano gastou US$ 500 milhões para melhorar as instalações hoteleiras e outras infraestruturas (incluindo US$ 1 milhão para flores). Mas sobretudo fez um enorme esforço de segurança que inclui a mobilização de milhares de policiais e soldados em Bagdá, a paralisação da cidade, cujos habitantes receberam uma semana de férias, e o fechamento do espaço aéreo de segunda-feira até sexta. Mas mesmo assim só conseguiu o compromisso de participação de oito chefes de Estado, que passarão apenas 12 horas no país. A maioria das 22 mansões acondicionadas para abrigar os mandatários ficará vazia, como a própria essência da Liga.

Os ocidentais mudam de tática em relação à Síria


Kofi Annan, da ONU, e Bashar al-Asad, presidente da Síria, em encontro no último dia 10
Início do fim da crise, simples calmaria ou manobra para ganhar tempo? Anunciada na terça-feira (27), a adesão de Damasco ao plano de Kofi Annan, emissário da ONU e da Liga Árabe na Síria, tem deixado as chancelarias ocidentais na expectativa. “É experimentando que sabemos se está bom”, ironizou Gérard Araud, embaixador da França na ONU, resumindo com essa piada a obrigatória cautela em Nova York, onde agora se fala em “mais de 9.000 mortos” na Síria, após um ano de revoltas e de repressão.

O plano de Annan, que havia sido aprovado no dia 21 de março pelo Conselho de Segurança, pretende principalmente reduzir as tensões no local, de maneira a impedir que a Síria mergulhe em uma guerra civil generalizada. Ele defende a interrupção dos atos de violência “por todas as partes”, o encaminhamento de ajuda humanitária e a libertação dos prisioneiros. A parte política é mínima, visto que, em vez de pedir pelo afastamento do presidente sírio Bashar al-Assad, como fazia o plano da Liga Árabe elaborado em janeiro, ele defende a instauração de um “processo político aberto, conduzido pelos sírios”.

A formulação é vaga o suficiente para que a Rússia e a China, reticentes a qualquer ideia de mudança à força de regime e que se opuseram a dois projetos de resolução do Conselho de Segurança nesse sentido, dessem carta branca a Kofi Annan. Depois de obter em Moscou, no domingo, o aval do presidente russo Dmitri Medvedev, o ex-secretário-geral da ONU foi na terça-feira até Pequim, onde recebeu o apoio dos dirigentes chineses. Foi lá que ele recebeu a notícia da aprovação de seu plano pelo regime sírio, que não tinha outras opções a não ser se alinhar à opinião de seus dois protetores. “Um primeiro passo importante”, comentou Annan, que enviou uma mensagem urgente a Bruxelas e aos 27 países-membros da UE: “Evitem as iniciativas intempestivas que possam complicar meu trabalho”.

Resistência inesperada
Se essa discrição se confirmar, ela marcará uma ruptura com a atitude adotada nos últimos meses pelas grandes potências ocidentais e seus aliados árabes. Após a tática do uso da força, defendida principalmente pela França, pelo Qatar e pela Arábia Saudita, que contavam com um colapso a curto ou médio prazo do regime sírio, poderá vir a tática dos pequenos passos, que observa as capacidades de resistência inesperada da ditadura do Baath.

“Hoje, são os dois grandes que estão retomando o controle”, analisa um diplomata árabe. “A Rússia, que quer ser reconhecida como uma peça central, e os Estados Unidos, que estão obcecados por não repetir os erros de 2003 no Iraque, ou seja, evitar a destruição do Estado com a queda do regime. É por isso que eles estão indo para lá muito lentamente. É cínico, mas não adianta se apressar demais: todo mundo sabe que é o fim de Bashar, mesmo seus aliados”.

Essa evolução preocupa os opositores sírios que aspiram a um envolvimento maior da comunidade internacional, ou até a uma intervenção militar ocidental, que por enquanto não está programada. “Não podemos abrir mão da saída de Assad porque milhares de sírios morreram por isso”, diz Bassma Kodmani, porta-voz do Conselho Nacional Sírio (CNS),  principal interlocutor dos ocidentais, paralelamente a uma reunião em Istambul, onde as diferentes correntes da oposição tentam se unificar. “Assad está tentando ganhar tempo”, se revolta Adib Chichakli, um outro participante. “Isso quer dizer que haverá muito mais mortes. A cada hora que passa, temos cinco mortos”.

O diplomata árabe, que parece não ter simpatia pelo sistema de Assad, acredita que o plano de Annan é mais realista que o de seus antecessores: “Por instigação de Doha e de Riad, a Liga Árabe foi muito rapidamente, sem ter como manter suas posições”, ele diz. “Se a negociação dissesse respeito somente à saída de Bashar al-Assad, por que ele negociaria? Ainda mais que pediram à Síria que fosse feita uma negociação ao mesmo tempo em que a suspendiam das instâncias da Liga. É contraditório.” E diz ainda: “Discutimos para a Síria um processo à maneira iemenita sem perceber que no Iêmen o afastamento de Ali Abdallah Saleh [o ex-presidente do país] foi o final de um processo, e não o seu ponto de partida”.

Estaria a caução de Moscou e de Pequim incentivando Bashar al-Assad a se prestar a um jogo semelhante? Em dezembro, ele não tinha nenhuma dificuldade em se livrar de um primeiro plano da Liga Árabe, que previa um cessar-fogo e a libertação de prisioneiros. Os observadores enviados à Síria tiveram de partir ao final de um mês, vítimas das provocações dos serviços de segurança sírios e dos planos da Arábia Saudita, ansiosa para endurecer a posição da organização pan-árabe.

Na terça-feira, apesar do sinal verde de Damasco para o plano de Annan, os atos de violência continuaram, resultando em 31 mortos, dentre os quais 18 civis. O dirigente sírio chegou a andar pelas ruínas de Baba Amro, ex-bastião do Exército Sírio Livre em Homs, reconquistado no início de março pelas tropas regulares. A secretária de Estado americana Hillary Clinton o convidou a “provar imediatamente” sua boa fé “ao ordenar a suas forças que baixem as armas e se retirem das zonas habitadas”.

Um primeiro balanço será feito na sexta-feira, durante a  segunda reunião do grupo dos Amigos da Síria, em Istambul, um grande agrupamento diplomático de apoio ao CNS. Para não reduzir sua já estreita margem de manobra, Kofi Annan poderá se manter à parte dessa reunião.

Compra de Rafale é questionada na Índia


Segundo TV local, documentos mostram que 'oficiais superiores' suspeitam do custo e da transferência de tecnologia


Em visita ao país, Dilma estuda possibilidade de fazer a aquisição dos caças para o Brasil em conjunto com indianos

A anunciada compra de 126 aviões franceses Rafale pela Índia caiu no pântano da suspeição: o canal de TV "Times Now" anunciou ter documentos que mostram questionamento de "oficiais superiores" quanto às condições da compra.

As objeções são de duas naturezas: o valor a ser pago, calculado em cerca de US$ 15,7 bilhões (R$ 28,5 bi); e a falta de clareza quanto à transferência de tecnologia.

Os indianos têm requisitos de transferência tecnológica que implicam a construção do avião no país, como fazem com o caça russo Sukhoi-30.

Os dois itens aplicam-se exatamente à concorrência aberta pela Força Aérea Brasileira para comprar 36 caças, um pacote no valor de aproximadamente R$ 10 bilhões.

O Rafale, o favorito no momento, é mais caro que seus concorrentes, o norte-americano Boeing F-18 e o sueco Gripen, o preferido da FAB.

Como revelou a Folha, a presidente Dilma Rousseff vai aproveitar sua viagem à Índia para estudar a possibilidade de comprar o Rafale numa negociação que envolva os dois países.

Dilma, que está na Índia para encontro dos Brics, vai questionar o governo indiano sobre detalhes da compra.


Índia definirá compra de caças em poucos meses

A Índia deve concluir o acordo para compra de 126 caças Rafale fabricados pela francesa Dassault nos próximos meses, informou, nesta quinta-feira, o ministro da Defesa indiano, M.M. Pallam Raju.

"Esperamos poder concluir o negócio o mais rápido possível", disse Raju, acrescentando que algumas decisões importantes ainda precisam ser tomadas - como detalhes sobre a fábrica que construirá os jatos na Índia e a transferência de tecnologia. O Ministério informou que, no dia 31 de janeiro, a Dassault saiu vitoriosa da concorrência para o fornecimento dos caças, ao oferecer o menor preço para o contrato. A empresa francesa derrotou a Eurofighter GmbH, que ofertou o modelo Typhoon.

Raju disse, ainda, que sua pasta publicará um texto destacando o plano de aquisições de defesa para os próximos 15 anos. "O documento vai incluir detalhes sobre as exigências das três Forças Armadas, para permitir que empresas locais possam planejar suas joint ventures e investimentos", acrescentou o ministro. As informações são da Dow Jones.

Paraquedista morre ao pular de avião em Resende


O sargento Adriano Antunes Gomes, de 38 anos, morreu ontem à tarde, ao saltar de paraquedas de um avião no Aeroporto Municipal das Agulhas Negras, em Resende. Segundo nota oficial da Acadêmia Militar das Agulhas Negras (Aman), o militar se chocou à aeronave na hora do salto.

Ainda segundo a nota, o paraquedas reserva foi acionado, mas a vítima já chegou ao chão inconsciente. Adriano — do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo Ar do Rio de Janeiro — apoiava o estágio básico de salto livre.

Já o corpo da estudante de nutrição Priscila Boliveira, 24 de anos, morta no último domingo, depois de cair de uma altura de aproximadamente 30 metros, durante um salto de parapente na praia de São Conrado, foi enterrado ontem no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.

A data do enterro coincidiu com o aniversário de 60 anos, do pai da jovem, Ubirajara Boliveira Pereira. A mãe da estudante, Grazi Boliveira, desmaiou várias vezes durante o velório.

Embraer vende Super Tucano à África


A Embraer anunciou ontem a venda de seis aeronaves Super Tucano, turboélice de treinamento avançado e ataque leve, para três países da África. O valor dos contratos, que incluem um pacote de suporte logístico, treinamento e peças de reposição, está estimado em mais de US$ 180 milhões.

A carteira de pedidos da Embraer para o Super Tucano, porém, deve aumentar ainda mais este ano. Segundo o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, os novos negócios provam que o avião brasileiro está fazendo muito sucesso em vários países do mundo. Entre as várias campanhas comerciais que a Embraer desenvolve atualmente com o modelo, de acordo com Comandante, Guatemala e Peru já estariam em fase bastante adiantada.

Com os pedidos anunciados hoje para Angola, Mauritania e Burkina Faso, segundo a Embraer, sobe para nove o número de Forças Aéreas que já selecionaram o Super Tucano na América Latina, África e Sudeste Asiático. Destas, seis já estão operando o modelo.

Das unidades anunciadas ontem, seis foram para a Força Aérea de Angola e outras três para a Força Aérea de Burkina Faso, primeiro operador do Super Tucano na África. O modelo já está sendo utilizado pelo país em operações de vigilância de fronteiras. As três primeiras unidades de Angola serão entregues pela Embraer ao longo deste ano. A empresa não revelou a quantidade de Super Tucano adquirida pela Força Aérea da Mauritania, que também escolheu o modelo brasileiro para executar missões de contra-insurgência.

O crescimento das vendas do Super Tucano também vai trazer um retorno financeiro para a Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o comandante da Aeronáutica, a partir da compra de oito unidades feita pela Indonésia, em 2011, a FAB começou a receber royalties por cada venda do modelo, tendo em vista que é a proprietária intelectual do projeto.

O Super Tucano acumula 182 encomendas, das quais 158 já foram entregues. Destas, 99 foram para a FAB, detentora do projeto. A Embraer projeta um mercado potencial de US$ 3,5 bilhões para a classe do Super Tucano, algo em torno de 300 aeronaves. Somente na América Latina, segundo a empresa, o mercado potencial é estimado em 81 aeronaves até 2025, o que representa negócios superiores a US$ 1 bilhão.

A divulgação dos novos pedidos para o Super Tucano foi feita ontem na Feira Internacional do Ar e do Espaço (Fidae), que acontece até o dia 1º de abril, no Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez, em Santiago (Chile).

Sobre o cancelamento do contrato que previa a compra de 20 Super Tucano pela Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf), o brigadeiro disse estar otimista quanto a um desfecho favorável para a brasileira. Saito comentou ainda que a FAB não se envolveu no processo, mas que sempre esteve ao lado da empresa brasileira nas vendas de produtos militares. Saito se reuniu ontem com o comandante da Usaf, mas negou que o encontro tenha sido motivado pelo imbróglio.

Embraer de volta ao páreo


Fabricante brasileira planeja participar da reabertura da licitação para fornecimento de 20 aeronaves à Força Aérea dos Estados Unidos, em contrato de US$ 355 milhões

A Embraer planeja participar da reabertura da licitação para o fornecimento de 20 aviões Super Tucano AT-29, no valor de US$ 355 milhões, à Força Aérea dos Estados Unidos. A empresa brasileira já havia fechado contrato com a Defesa americana, mas o processo foi suspenso em fevereiro sob a alegação de problemas com a documentação, após uma ação legal da rival norte-americana Hawker Beechcraft Corp.

De acordo com o presidente da unidade de Defesa e Segurança da Embraer, Luis Carlos Aguiar, qualquer mudança nas exigências do contrato será uma surpresa. "Nós não vemos razão para alterar os requisitos agora", disse o executivo. "Se houvesse uma mudança nas condições, teríamos que repensar se vamos concorrer ou não. Nosso avião foi feito exatamente para aquela missão." O avião de combate leve e de treinamento Super Tucano será usado para armar o exército afegão.

Apesar da suspensão do contrato com os americanos, Aguiar afirmou que a capacidade do Super Tucano em operar em condições adversas e os baixos custos de operação levaram a um aumento da demanda pelo caça turboélice. Na terça-feira, a Embraer anunciou encomendas de US$ 180 milhões para três países africanos — Burkina Faso, Angola e Mauritânia — para missões de controle de fronteira e contrainsurgência. Os contratos incluem um pacote de suporte logístico, treinamento e peças de reposição.

A Força Aérea de Burkina Faso, primeiro operador do modelo na África, já recebeu três aeronaves que são utilizadas em missões de vigilância de fronteiras. A Força Aérea de Angola pediu seis aeronaves para a mesma finalidade, sendo que três aeronaves já serão entregues neste ano, afirmou a companhia durante a Feira Internacional do Ar e Espaço, no Chile. Já a Força Aérea da Mauritânia escolheu o A-29 Super Tucano para executar missões de contrainsurgência, mas não foi revelado quantas unidades foram vendidas.

Com os pedidos anunciados, atualmente são nove as Forças Aéreas que fizeram pedidos do Super Tucano na América Latina, África e Sudeste Asiático. As receitas da Embraer Defesa e Segurança deverão alcançar entre US$ 900 milhões e US$ 950 milhões neste ano. A receita total da companhia deverá ficar entre US$ 5,8 bilhões e US$ 6,2 bilhões.

Até 2020, a unidade representará 25% do total das receitas, ante 15% atualmente. Uma valorização do real em relação ao dólar ajudará a Embraer Defesa e Segurança, tendo em vista que 65% dos contratos da unidade são na moeda local. Segundo Aguiar, o volume grande representa exatamente um hedge (proteção) natural para a empresa como um todo. "Nós vamos criar um hedge natural para a Embraer, mas nós precisamos vender mais para ajudar a companhia como um todo. Nós necessitamos cerca de US$ 600 milhões em vendas locais para ter um hedge natural", destacou o executivo.

Vale venderá ativos
A Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, estuda vender alguns de seus menores ativos e outros recursos que fogem da atividade principal de mineração para concentrar investimentos em grandes projetos. O diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Tito Martins, confirmou a possibilidade de venda de ativos de carvão na Colômbia, conforme recentes relatos de potenciais compradores. Além disso, há chance de venda de concessões de petróleo e gás detidas pela companhia no Brasil, e de outros ativos em diferentes partes do mundo, para que a companhia possa se concentrar em projetos de fertilizantes e minério de ferro. A Vale começou a revisar o destino dos investimentos no fim do ano passado, com o objetivo de fazer frente a projetos prioritários bilionários, entre os quais o desenvolvimento de reservas de potássio na Argentina e no Brasil e a expansão de Carajás, a maior mina de ferro a céu aberto do planeta.


quarta-feira, 28 de março de 2012

Conheça o nSAK, o novo conceito de treinamento de tiro da Bundeswehr


O soldado moderno já não atira a esmo. O soldado moderno passa por um extenso adestramento de tiro, treinamento esse serve para aumentar a letalidade dos disparos com o menor tiro possível. Nesse quesito as Forças Alemãs saem na frente novamente. O nSAK é o novo conceito de treinamento de tiro das Forças Armadas Alemães. Veja no vídeo acima o que há de novo.

Os "Personenschützer" da Bundeswehr


O Personenschützer da Bundeswehr em treinamento. A missão do Personenschützer é simples: Proteger a vida dos comandantes alemães, oficias e políticos. Veja no vídeo acima como é o treinamento dos guarda-costas (Personenschützer) das Forças Armadas Alemãs.

terça-feira, 27 de março de 2012

Rússia propõe equipar os submarinos russos-indianos com sistema AIP


A Rússia propõe equipar com um sistema Air-Independent Propulsion (AIP) os futuros submarinos russo-indianos, comunicou hoje Victor Komardin, chefe da delegação que representará a Rosoboronexport na feira de armamento internacional indiana, Defexpo India 2012, que acontecerá na capital indiana entre os dias 29 e 1º de abril.

“A Rússia está finalizando os testes de um sistema AIP conceitualmente novo, que poderia ser instalado tanto nos submarinos da classe Amur-1650, como nos submergíveis que serão produto de um desenvolvimento conjunto”, declarou Komardin em uma entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti.

Komardin também agregou que “é uma condição de importância crítica para a parte indiana” e que “as perspectivas aqui são boas”.

A propulsão independente de ar (AIP) permite que os submarinos naveguem sem a necessidade de ir superfície ou de ter que usar o sistema snorkel para o acesso ao oxigênio atmosférico.

O submarinos da classe Amur-1650 podem ser armados com mísseis anti-navio e torpedos universais. Também é capaz de destruir alvos terrestres mediante um lançamento múltiplo de mísseis de cruzeiro.

“A Rússia é a única que pode proporcionar a Índia os mísseis que deseja receber”, sublinhou Komardin.

Ao comentar as perspectivas da cooperação técnica-militar com a Índia, o representante da Rosoboronexport destacou também as oportunidades de criar na Índia um sistema confiável de defesa anti-aérea e anti-míssil, sem a qual resulta impossível de falar de garantias cabais para a segurança nacional, especialmente na atualidade.

Leia também: Submarino “Amur-1650” poderá ganhar a concorrência indiana por causa de suas características únicas



Inglaterra gastará US$ 555 milhões na modernização do HMS Vengeance


HMS Vengeance

O Ministério da Defesa da Inglaterra investirá US$ 555 milhões na modernização do submarino nuclear lançador de mísseis (SSBN) HMS Vengeance, informaram as agências inglesas na data de ontem (26/03).

Os trabalhos de modernização, trabalhos esses que serão efetuados pela empresa britânica Babcock, levará cerca de 3,5 anos e incluirão a substituição das zonas ativas do reator nuclear.

Firmado nesta mesma segunda-feira, o contrato vai criar 2000 postos de trabalho, segundo o próprio Ministério da Defesa.

O HMS Vengeance é o quarto submarino da classe “Vanguard”. Cada submarino dessa classe pode portar até 16 SLBM do tipo Trident II D5.

A Inglaterra tinha previsto retirar de serviço o primeiro submarino da classe Vanguard, o HMS Vanguard, mas de acordo com a Estratégia de Segurança Nacional da Inglaterra, renovada no ano passado, o prazo de serviço destes submarino será prolongado.



O desafio do Ocidente é tentar conter a bomba do Irã e o bombardeio israelense


Acima Ayatollah Seyed Ali Hosseini Khamenei , líder supremo da República Islâmica do Irã

Se o Irã se tornar nuclear, isso mudará o nosso mundo.

Uma bomba atômica iraniana forçaria Arábia Saudita, Turquia e Egito a obterem suas próprias bombas atômicas. Assim, ficaria estabelecida uma arena nuclear multipolar na região mais volátil do planeta. Cedo ou tarde, esse desdobramento sem precedente resultaria em um evento nuclear. O mundo como o conhecemos deixaria de existir depois de Teerã, Riad, Cairo ou Tel Aviv se tornarem a Hiroshima do século 21.

Uma bomba iraniana provocaria uma proliferação nuclear universal. A maior realização da humanidade desde 1945 foi controlar o armamento nuclear por meio da limitação do número de membros no clube nuclear exclusivo. Esse arranjo injusto criou uma ordem mundial que garantiu a relativa paz mundial.

Mas se o Irã se tornar nuclear e o Oriente Médio se tornar nuclear, o mesmo acontecerá com o Terceiro Mundo. Se os aiatolás puderem ter o brinquedo mortal de Robert Oppenheimer, toda potência emergente na Ásia e na África se sentirá no direito de tê-lo. A ordem mundial que por 60 anos garantiu a paz mundial ruiria.

Uma bomba atômica iraniana daria ao Islã radical uma enorme influência. Assim que se tornasse nuclear, o poder xiita ascendente dominaria o Iraque, o Golfo e os preços internacionais do petróleo. Ele espalharia o terror, provocaria guerras convencionais e desestabilizaria os países árabes moderados.

Assim como as ogivas nucleares iranianas ameaçariam Israel, elas também colocariam a Europa em risco. Pela primeira vez, centenas de milhões de cidadãos das sociedades livres viveriam sob a sombra do poderio nuclear de fanáticos religiosos. A união do fundamentalismo supremo com a arma suprema tingiria o mundo em que vivemos em um tom infernal.

Se Israel atacar o Irã, isso mudará nosso mundo.

Um ataque israelense contra as instalações nucleares do Irã criaria a crise internacional mais dramática da era pós-Guerra Fria. Enquanto o Estado judeu e a república xiita trocassem golpes, o Oriente Médio se agitaria. As tensões cresceriam entre China, Índia e Rússia pró-iranianos e os Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha anti-iranianos. Os preços do petróleo subiriam (para US$ 230-US$ 300 o barril), os mercados financeiros entrariam em pânico e a economia mundial experimentaria um verdadeiro revés.

Um ataque israelense contra as instalações nucleares do Irã provocaria uma guerra regional cujas consequências poderiam ser catastróficas. O Irã revidaria com tudo que tem: Hizbollah, Hamas, mísseis Shahab, surpresas estratégicas. O Irã bloquearia o Estreito de Hormuz e convocaria todos os muçulmanos em seu auxílio. Apesar de que a maioria dos regimes árabes apoiaria em segredo a operação israelense, as massas árabes poderiam se levantar.

Por todo o mundo, milhões de muçulmanos veriam o ataque ao Irã como um ataque contra sua própria dignidade e orgulho. A luta religiosa provocada pela ação israelense poderia durar décadas.

Um ataque israelense contra instalações nucleares do Irã poderia arrastar os Estados Unidos para a guerra. Israel tem poder aéreo limitado. As cidades israelenses são ameaçadas por 200 mil foguetes. Se uma contraofensiva iraniana incendiasse Tel Aviv e matasse milhares de civis israelenses, os Estados Unidos se sentiriam obrigados a intervir. Em vez de iniciarem um ataque cirúrgico bem planejado e com apoio internacional contra o projeto nuclear do Irã, os Estados Unidos se tornariam reféns de uma guerra israelense-iraniana fora de controle. Após saírem da lama iraquiana e enquanto tentam sair do deserto afegão, os Estados Unidos se veriam atolados em um conflito altamente carregado e caro com a República Islâmica.

A questão internacional chave enfrentada pelo Ocidente nos primeiros 12 anos do século 21 tem sido o Irã. O principal desafio estratégico da última década tem sido como prevenir duas ameaças: a bomba (iraniana) e o bombardeio (israelense). Mas o Ocidente fracassou em tratar do desafio a tempo.

Por anos, ele cometeu todos os erros possíveis. Primeiro, o presidente George W. Bush se concentrou no Iraque, em vez do Irã. Então o presidente Barack Obama perdeu tempo precioso com diplomacia inútil. O Reino Unido e a França tentaram o melhor que puderam, mas a União Europeia fez corpo mole até passar a uma ação decisiva. As sanções econômicas que deveriam ter sido adotadas há dez anos foram implantadas apenas no ano passado.

As sanções debilitantes que deveriam ter sido impostas em 2005 ainda não foram impostas. A diplomacia assertiva não foi seriamente buscada quando poderia ter sido eficaz. A solução política criativa nunca foi realmente explorada. A liderança ocidental não endossou uma estratégia de terceira via abrangente, engenhosa, consistente e dura que poderia impedir a bomba e o bombardeio.

Agora, nós estamos testemunhando uma mudança. Assustados com a perspectiva de um ataque israelense iminente, os tomadores de decisão e os líderes de opinião nos Estados Unidos e na Europa passaram a se concentrar no Irã. Na semana passada, o Irã foi cortado da rede SWIFT de transferências bancárias. Em julho, todos os países da União Europeia deixarão de comprar petróleo iraniano.

Mas tudo isso é muito pouco, tarde demais. Em nove meses os iranianos estariam imunes a um ataque aéreo israelense. No Natal, Israel perderia a capacidade militar de impedir uma bomba xiita. Ao ver sua existência ameaçada, o Estado judeu se sentiria obrigado a agir.

Assim, o verão (no hemisfério norte) de 2012 agora parece ser o verão da última oportunidade. Se nos próximos meses sanções debilitantes não forem impostas contra o Irã e Israel não conseguir garantias substanciais para assegurar seu futuro, qualquer coisa poderá acontecer. Poderia se tornar o inferno na Terra.

Se o Ocidente não agir da forma apropriada neste último momento, ele em breve poderá enfrentar as terríveis consequências de sua própria impotência.

Dilma usará visita à Índia para negociar compra do Rafale


Presidente estuda possível parceria com os indianos para diminuir custos da aquisição do caça francês

A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar sua viagem à Índia para estudar a possibilidade de comprar o caça francês Dassault Rafale numa negociação que envolva os dois países.

Os indianos escolheram o modelo em uma concorrência para a compra de 126 aviões no começo deste ano. O Rafale também é oferecido ao Brasil, que pretende adquirir 36 unidades -um negócio que se arrasta desde 2001.

Dilma, que está na Índia para encontro dos Brics, vai questionar o governo indiano sobre detalhes da compra, que ainda está em fase inicial e pode ser revertida.

Segundo a Folha apurou, Dilma quer saber se é possível e vantajoso ao Brasil virar parceiro de Nova Déli caso também escolha o Rafale.

O ministro Celso Amorim (Defesa), que esteve na Índia no mês passado, disse ao Planalto que as condições de venda do Rafale são melhores na Índia, o que é natural dada a escala do negócio: aqui, são 36 unidades, contra os 126 lá.

No Brasil, a compra tem valor estimado em no mínimo R$ 10 bilhões. Na Índia, é especulado o dobro ou mais. Mas não é correto distribuir preço por unidade, porque a encomenda maior barateia custos.

Os indianos têm requisitos de transferência tecnológica que implicam a construção do avião no país, como eles já fazem com o caça pesado russo Sukhoi-30.

A concorrência F-X2, do Brasil, tem a mesma pretensão. A Dassault anunciou que, vencedora, poderia montar 30 dos 36 aviões no Brasil. Só que depois da escolha indiana, analistas questionam se o fabricante francês teria como fazer duas operações industriais desse porte no exterior. Uma linha única, transformando o Rafale num caça franco-indo-brasileiro, é especulada.

Por outro lado, o F-X2 é um programa de capacitação da indústria. Tão importante quanto ter um caça novo é absorver tecnologias sensíveis como materiais compostos e sistemas aviônicos sofisticados.

Tanto a Dassault como suas concorrentes, a Boeing americana com o F-18 e a Saab sueca com o Gripen, assinaram acordos com fornecedores nacionais para formar uma cadeia produtiva gravitando em torno da associação entre a empresa estrangeira e a Embraer.

A Boeing ainda aposta numa campanha de marketing que culminará na visita de Dilma aos EUA em abril.

Já a Saab, preferida técnica da FAB, corre por fora.

segunda-feira, 26 de março de 2012

MBT Armata terá um canhão controlado por controle remoto


Acima o T-90S, o tanque mais moderno russo na atualidade
O futuro tanque de batalha russo (MBT por sua sigla em inglês) será equipado com um canhão controlado por controle remoto, informou a edição desta segunda-feira o jornal russo Izvestia, citando uma fonte da indústria de defesa.

O canhão será operado digitalmente por um tripulante localizando em um compartimento separado, compartimento esse que será construindo com materiais compostos e que será protegido por multi-camadas de blindagem. O restante da tripulação ficará localizada em outro compartimento, esse isolado do motor para aumentar a capacidade de sobrevivência no campo de batalha.

O projeto ultrassecreto, batizado de Armata, foi aprovado pelo Ministério da Defesa da Rússia na última sexta-feira. Esse projeto está sendo levado a cabo pela empresa russa Uralvagonzavod, situada a região dos Uruais, especializada na construção de blindados.

A experiência obtida em outros projetos, incluindo o Object 195 E Black Eagle, será aproveitada na plataforma Armata.

Tem-se expectativa de que o protótipo do tanque de batalha da plataforma Armata esteja finalizado em 2013. As primeiras entregas para as Forças Armadas Russas estão previstas para o ano de 2015.

Especialistas russos acreditam que o conceito de armas controlas por controle remoto para tanques, eventualmente pode levar o desenvolvimento de um tanque totalmente robótico.


T-90S será "joia" da Defexpo India 2012


A Rússia irá exibir durante a Defexpro 2012 um protótipo do modelo do novo tanque de batalha russo, o T-90S, afirmou nesta segunda-feira o chefe da Rosoboronexport, Viktor Komardin.

“O novo tanque será a joia da feira”, disse Komardin. “Essa será a primeira apresentação estrangeira do tanque”, disse Komardin.


A Defexpo India 2012 acontecerá entre os dias 29 de março a 1º de abril no centro de exposições de Pragati Maidan no centro da capital indiana e contará com empresas de 17 países.

O tanque T-90 presta serviço no Exército Indiano também. A Rússia entregou o primeiro lote de tanques à Índia em 2002. Os dois países também chegaram a um acordo para a fabricação desses tanques em solo indiano, mais especificamente em uma fábrica em Avadi, no estado de Tamil Nadu, no sul do país. O tanque recebe a nomenclatura na Índia de “Bhishma”.

sábado, 24 de março de 2012

Download - Céu em Chamas (Ballada o Bombere)

Durante a 2ª Guerra Mundial, uma aeronave soviética cai em território ocupado pelos nazistas. Mas o piloto Grivtsov e a operadora de rádio, Katya, sobrevivem milagrosamente. Linko, o navegador, é ejetado antes da queda e também acaba sobrevivendo. Cada um terá que cumprir tarefas militares, encontrar o caminho de volta à base e simplesmente manter-se vivo. A descoberta um ato de sabotagem praticado antes da decolagem da aeronave agrava profundamente a situação de Grivtsov, que acaba se dando mal com o Coronel Smersh, ao defender seus amigos. Ele seria condecorado com a medalha Estrela pelo seu milésimo vôo, mas, é declarado traidor e está prestes a ser executado.


Parte 1:
http://uploaded.to/file/8koxpxki
http://depositfiles.com/files/e4tp4gacj


Parte 2:
http://uploaded.to/file/bbkv479t
http://depositfiles.com/files/on45krfzm

Legenda: http://freakshare.com/files/mx6hsov4/CEU-SB.rar.html

Obs.: O filme está comprimido pelo WINRAR, por tanto você necessitará ter tal programa para extrair os arquivos. Para assistir o filme você terá que ter os codecs necessários para tal efeito ou ter um player que rode o filme de boa. Eu recomendo o VLC. 

sexta-feira, 23 de março de 2012

GIPN: Os segredos dos homens de ação

Mohamed Merah. Nos últimos dias você deve ter lido ou escutado muito esse nome. Pra quem não sabe, Mohamed Merah era um jovem francês de origem argelina. Ele foi acusado de ter matado 7 pessoas, dentre elas três crianças judiais. A sensacional polícia conseguiu chegar até ele e impôs um cerco a sua residência de 32 horas. O cerco chegou ao fim quando os policias do GIPN invadiram sua residência. Merah resistiu, respondeu ao fogo dos policias com disparos de fuzil, feriu 4 policias, em um tiroteio que durou vários minutos. Segundo algumas fontes, Merah chegou a disparar mais de 300 tiros. Quando viu que não poderia fazer frente aos agentes da lei franceses, ele chegou de uma janela, vindo a se ferir mortalmente. Mas quem é a tropa que foi designada para por fim a vileza de Merah? O GIPN não é só o acrônimo para Groupes d'Intervention de la Police Nationale. O GIPN é uma das unidades de elite policias mais renomadas do mundo, sendo especialista na luta contra o terrorismo. A seguir deixo um documentário que mostra o cotidiano de 19 agentes do GIPN de Bordeaux.

Caça russo de quinta geração terá canopy dourado

Finas camadas de outro, estanho e índio protegerão contra a radiação solar a cabine do caça de quinta geração russo, o Sukhoi PAK-FA T-50, e isso também fará seus equipamentos de bordo menos visíveis aos radares inimigos, escreveu hoje o jornal russo Izvestia.

Vladimir Vikulin, designer chefe da empresa JSC CVTs Tecnologia, empresa essa que também participa do desenvolvimento do T-50, disse que a cobertura cobrirá o cockpit com várias camadas com cerca de 20 nanômetros. Este revestimentos, cerca de 90 nanômetros no total, reduzirá em 250 vezes a visibilidade do equipamento de bordo do T-50 aos radares inimigos.

Essa camada também protegerá a cabine contra os raios infravermelhos e ultravioletas, cujo o impacto aumenta a fragilidade dos materiais em polímero, usados no interior do caça.

O revestimento no canopy é levado a cabo sob váculo com a ajuda de um magnetron especial. O criador desse método, Oleg Prosovoski, já recebeu do governo russo um prêmio pela inovação.

Duas ou três gramas de ouro serão suficientes para o tratamento, o qual também usará o estanho e o índio. O análogo americano do T-50, o F-22 Raptor, também faz uso de um revestimento de ouro em seu canopy.

Rússia começa a se desfazer de tanques e veículos blindados obsoletos

Acima um tanque T-55AM2 do Exército Russo
Os tanques de batalha russos obsoletos, assim com outros veículos blindados serão desmontados em um esquema massivo lançado pelo Ministério da Defesa no ano passado, afirmou nesta sexta-feira um general russo.

"De 2011 em diante, de acordo com um decreto governamental o Ministério da Defesa começou a selecionar os veículos blindados obsoletos e passou a colocá-los fora de serviço", disse o major-general Alexander Shevchenko a repórteres em Moscou.

O esquema envolve os tanques de batalha do tipo T-55, T-64 e T-80, assim como um grande número de camisões do Exército.

Argentina temeu ambição nuclear do Brasil no governo Lula, revela Wikileaks; leia telegrama traduzidoo nuclear de Lula


Acima o submarino argentino Submarino ARA San Juan; Com inveja do submarino nuclear brasileiro
os argentinos decidiram desenvolver uma propulsão nuclear para esse submarino nuclear, talvez para não
ficar tão atrás do Brasil 
A Argentina temeu que as ambições internacionais do governo Lula levassem o Brasil a rever seus compromissos na área de proliferação nuclear – caminhando perigosamente em direção à bomba atômica. Em uma conversa reservada com diplomatas americanos no Natal de 2009, funcionários argentinos disseram que “luzes amarelas” acenderam em Buenos Aires diante da aproximação do Brasil com o Irã de Mahmoud Ahmadinejad e da abertura de uma embaixada brasileira na Coreia do Norte.

O telegrama diplomático comenta ainda que o governo argentino chegou a preparar resposta para a eventualidade de o Brasil construir uma arma nuclear, mas viu com alívio a eleição de Dilma em 2011, “por acreditarem que nenhum sucessor tentaria sustentar a arriscada política externa de Lula”.

O relato completo do encontro está entre as centenas de despachos da Embaixada dos EUA em Buenos Aires revelados pelo WikiLeaks.

Leia abaixo o telegrama traduzido para o português.
CONFIDENCIAL BUENOS AIRES 001305
SIPDIS
E.O. 12958: DECL: 2034/12/24
TAGS: PREL, KNNP, PARM, PGOV, BR, AR
ASSUNTO: (C) MFA (Ministério das Relações Exteriores) argentino compartilha algumas preocupações a respeito da política externa e do potencial nuclear do Brasil
REF: BRASÍLIA 09 MDA 839 Classificado como sigiloso por: Alex Featherstone, A/DCM; MOTIVO: 1.4(B), (D)

1. Resumo: Representantes do MFA da Argentina para a não proliferação nuclear mostraram-se preocupados com os rumos tomados pela política de segurança do Brasil nos últimos anos do governo Lula, numa reunião realizada no dia 10 de dezembro. Eram apenas “sinais de advertência”, mas os argentinos mostraram-se temerosos diante da aproximação do Brasil com o Irã e a Coreia do Norte e de alguns comentários extraoficiais feitos no Brasil a respeito da posição estratégica deste país ao lado dos países do BRIC que têm a arma nuclear. O MFA da Argentina chegou até a preparar sua resposta na eventualidade pouco provável de que o Brasil construa uma arma nuclear. Representantes do GOA (Governo da Argentina) enfatizaram que enquanto o Brasil continuar aceitando as salvaguardas e o compromisso com a transparência estabelecidos pela AIEA e pela Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), não haverá muito com que se preocupar. Não obstante, enxergaram a mudança na presidência do Brasil em 2011 com certo alívio, por acreditarem que nenhum sucessor tentaria sustentar a arriscada política externa de Lula, um presidente extremamente popular, particularmente no início do mandato.

2. O oficial do PolMil esteve no dia 10 de dezembro na Diretório de Segurança Internacional e Assuntos Nucleares e Espaciais (DIGAN) do Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A embaixada solicitou o encontro para discutir as posições argentinas em relação ao Brasil. Representaram o DIGAN seu experiente e respeitado diretor, Gustavo Ainchil, seu vice-diretor Alberto Dojas, e a funcionária Lorena Capra. A participação da equipe completa do DIGAN reforça a impressão da embaixada de que os argentinos decidiram de antemão compartilhar sua preocupação com o USG (Governo dos Estados Unidos)(conclusão corroborada por uma visita anterior do PolCouns argentino à embaixada americana em Brasília para expor suas preocupações).

3. (C) Ainchil começou dizendo que eventos recentes no Brasil haviam chamado a atenção da Argentina. A recepção do presidente iraniano Ahmadinejad havia sido particularmente problemática para a Argentina, considerando suas questões com o Irã. A visita de Ahmadinejad, somada à decisão do Brasil de abrir uma missão diplomática na Coreia do Norte, havia causado certa preocupação em Buenos Aires com relação ao compromisso do país com a diplomacia de não proliferação internacional. Mais diretamente, sua velha resistência ao Protocolo Adicional (PA) do Tratado de Não Proliferação Nuclear era preocupante. (Nota: Ainchil confirmou separadamente a um funcionário político que, embora a ABACC e a AIEA tivessem acesso a instalações civis e militares nas quais eram usados materiais nucleares, elas não contavam com o acesso mais amplo e imediato previsto no PA. Sob os termos atuais, o Brasil protegia certas tecnologias nucleares, como centrífugas, dos inspetores argentinos, enquanto adotava medidas elaboradas para demonstrar que combustíveis e materiais nucleares haviam sido computados em sua totalidade no processo. Fim da nota.)

4. (C) A “luz amarela” foi acesa na Argentina, disse Ainchil, por causa desses eventos e também de comentários de vários ex-funcionários e acadêmicos manifestando certa frustração com o fato de o Brasil ter sido proibido de se juntar aos outros países do BRIC em pé de igualdade em termos de capacidades para a fabricação de armas nucleares. Além disso, com base em suas percepções de diplomatas e ex-diplomatas brasileiros em encontros multilaterais, Ainchil especulou que alguns membros do GOB (governo do Brasil) sentiam-se fortemente pressionados a explicar em detalhes e defender as posições do país diante do PA e sua política de defesa.

5. (C) Mais genericamente, Ainchil estava preocupado com o ritmo das compras militares brasileiras. O governo estava particularmente incomodado com uma visita a Buenos Aires do ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, na qual ele fez um pronunciamento público sem coordenação com o GOA. De acordo com Ainchil, funcionários dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Argentina tinham sido instruídos por seus chefes a não comparecer. Ainchil sugeriu que a influência de Jobim era vista como excessiva dentro do GOB.
Garantias
——
6. (C) Ainchil e Dojas descreveram a reação da Argentina a vizinhos capazes de gastar muito mais que a Argentina na modernização militar. No caso do Chile, o governo da Argentina (GOA) entendia que as receitas da exploração do cobre ofereciam um orçamento fixo para aquisições militares, mas que o Chile havia adotado medidas para amenizar qualquer temor da Argentina de ser superada em tecnologia militar. Uma delas era o compromisso do Chile de desenvolver um batalhão de paz conjunto com a Argentina, o Cruz del Sur. A segunda era o foco do Chile em retirar as minas de sua fronteira com a Argentina, um sinal impressionante de confiança na relação bilateral.

7 (C) Eles disseram que, no caso do Brasil, a Argentina confiava no regime de não proliferação internacional para refrear o País. Embora o Acordo Nuclear EUA-Índia “tivesse sido um precedente terrível para o Brasil”, disse Ainchil, o País continuaria relutando em correr os vários riscos envolvidos na violação de seus acordos regionais e internacionais. No momento, a Argentina via o Brasil como um risco de proliferação do mesmo modo como via a Alemanha, o Japão ou a Coreia do Sul – países que poderiam desenvolver e detonar armas nucleares rapidamente se quisessem fazê-lo, mas cujo compromisso forte e de bases democráticas com as regras internacionais evitaria esta decisão em quase todos os cenários.

8. (C) Ainchil disse ainda que a Argentina contava com uma transição presidencial no Brasil em 2011.
Embora sublinhasse o respeito da Argentina pelo presidente Lula, ele sugeriu que a popularidade única de Lula e seu distanciamento de considerações políticas no final do mandato tinham permitido que ele se tornasse um aventureiro na política externa e nas questões de defesa. Qualquer sucessor, especulou Ainchil, se afastaria de tais políticas controvertidas em seus primeiros anos de mandato, talvez recuando na relação com o Irã e cooperando mais com novos instrumentos de construção de confiança nuclear.
Estratégia

9. (C) O vice-diretor Dojas sugeriu que o Brasil tinha de chegar por conta própria a uma nova perspectiva em relação ao PA. A pressão externa seria contraproducente. Por essa razão, a Argentina acreditava que não poderia assinar o PA sem o Brasil – fazê-lo significaria encurralar o Brasil na questão e, potencialmente, provocar um maior endurecimento de sua posição. No entanto, o GOA acreditava que abordagens moderadas e o diálogo com o Brasil eram importantes, e sugeriu que os Estados Unidos deveriam continuar a desempenhar um papel nessa área. Especificamente, Dojas sugeriu que o USG se aproxime logo dos candidatos presidenciais Dilma Rousseff e José Serra. os favoritos nas pesquisas.

10. (C) Ainchil indicou que o MFA considerava quais medidas deveria adotar na eventualidade improvável de seu poderoso vizinho abandonar a ABACC ou, pior, desenvolver a capacidade de construir armas nucleares. Ainchil acreditava que a Argentina escolheria o caminho de desenvolver e implementar uma tecnologia nuclear pacífica avançada para demonstrar capacidade, sem de fato direcionar-se à construção de armas nucleares. Ele mencionou um navio quebra-gelo de propulsão nuclear como um desses projetos de demonstração.
Comentário
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11. (C) Claramente Ainchil e Dojas pretendiam partilhar algumas preocupações ou ansiedades em relação ao Brasil que suspeitamos estarem crescendo em determinados setores do governo argentino. Eles parecem desejar que os EUA adotem a mesma abordagem, trabalhando amigavelmente com Brasília no sentido de uma maior cooperação no regime internacional de não proliferação sem exercer uma pressão excessiva. Eles esperam que o Brasil não avance muito mais antes de 2011 e que, depois desta data, uma nova liderança política vai renovar seu compromisso com a transparência e a cooperação regional em relação à não proliferação.

'É preciso aguardar antes de atacar o Irã', diz ex-número 2 do Mossad


Mizrahi defende mais tempo para sanções a Teerã surtirem efeito; para ele, opção militar deve ser considerada

Ilan Mizrahi
Ex-número 2 do Mossad, o legendário serviço de espionagem de Israel, Ilan Mizrahi não apoia um ataque "já" contra as instalações nucleares do Irã. "As sanções estão tendo um impacto cada vez maior (sobre o Irã) e temos de dar algum tempo a mais para elas agirem", argumenta, para em seguida completar: "Mas a opção militar deve permanecer sobre a mesa".

Analistas que preveem um contra-ataque imediato do Hamas e do Hezbollah em caso de guerra contra o Irã podem estar enganados, diz ainda Mizrahi. "Não acredito que a resposta será automática. Antes, pensarão no ‘que’ e em ‘como’ fazer’."

O veterano agente do Mossad não fala sobre seu passado, apenas que serviu na agência israelense por 30 anos. Sobre a "arte da espionagem", diz que a inteligência humana é ainda o recurso fundamental, "a única capaz de responder os ‘porquês’". "Uma foto de satélite pode te mostrar que construíram algo em tal lugar. Mas por quê? Isso só alguém infiltrado revela." Ele conversou com o Estado em São Paulo.

Estado: A inteligência americana acredita que o Irã suspendeu em 2003 suas atividades clandestinas em busca da bomba atômica, embora tenha avançado em seu programa nuclear "regular". Como o sr. reage a essa avaliação dos EUA? O Irã já decidiu sair em busca da bomba?


Ilan Mizrahi: Não só estão em busca, como usam todos os meios à disposição para avançar rumo à bomba. Do enriquecimento de urânio ao desenvolvimento de mísseis de longo alcance capazes de transportar uma ogiva, eles estão avançando a todo vapor e em todas as direções.

Estado: Como o sr. encara a afirmação dos EUA sobre essa possível "pausa" no programa clandestino por volta de 2003?


Ilan Mizrahi: Nós sabemos que, em 2003, em meio à invasão do Iraque, os iranianos estavam com muito medo e enviaram uma mensagem aos EUA dizendo "estamos prontos para suspender nosso programa nuclear e até discutir nosso apoio ao terrorismo".

Mas (o presidente George W.) Bush ignorou. Alguns americanos interpretaram isso como uma pausa no programa e, em 2007, a CIA voltou a falar isso – sem dizer de onde tirou a informação. Nós sabemos que eles continuam em busca da bomba com toda força.

Estado: As sanções nunca foram tão duras contra o Irã: a Europa e os EUA acabam de impor um embargo total ao petróleo iraniano. Um ataque militar, agora, é a melhor decisão ou o sr. acredita que há espaço para negociação?


Ilan Mizrahi: Eu não acredito em negociações. Os iranianos usarão esse diálogo para enganar o mundo, como têm feito há tantos anos. Mas penso que as sanções têm um impacto cada vez maior e devemos dar algum tempo para elas agirem, pois são muito eficientes. A opção militar, porém, deve permanecer sobre a mesa.

Estado: Em razão dessas sanções, o governo iraniano será convencido de que deve parar com seu programa nuclear, mesmo para fins pacíficos?


Ilan Mizrahi: É impossível saber como reagirão e agências de inteligência não são profetas. Trabalham com probabilidades, jamais profecias. Como (o líder supremo Ali) Khamenei reagirá? Impossível saber. A questão é que eles ainda não estão em uma posição na qual serão forçados a tomar uma decisão do tipo "continuamos ou suspendemos o programa?" Hoje não estamos nesse ponto, embora eu tenha a certeza de que há debates em Teerã sobre essa questão.

Estado: Que tipo de debates?


Ilan Mizrahi: Estão se perguntando não só sobre o efeito das sanções, mas também da perda de amigos. Estão vendo, por exemplo, o Hamas se distanciar. Até o Hezbollah afirmou que, caso o Irã seja atacado, a resposta no Líbano não será automática. A Primavera Árabe criou movimentos de massa contrários ao Irã, que coopera com o regime Bashar Assad nos massacres à oposição síria. Teerã internamente também tem problemas, não apenas de ordem econômica. E isso tem uma razão simples: a Revolução Islâmica está fracassando, não estão entregando o que haviam prometido em 1979. Por isso, novamente, é preciso dar tempo para as sanções agirem. E é importante notar ainda que essas medidas não teriam sido tomadas se Israel não estivesse ameaçando ir à guerra. O mundo continuaria sem fazer nada.

Estado: O sr. parece não acreditar que um ataque de Israel ao Irã será imediatamente respondido pelo Hamas e o Hezbollah.


Ilan Mizrahi: Não acredito que haverá uma resposta automática, uma retaliação imediata do Hamas ou mesmo do Hezbollah. Antes, eles vão ter de pensar "no que" e em "como" fazer. Não acredito que Assad se envolva numa guerra com Israel em nome do Irã, a não ser que isso lhe sirva na luta pela sobrevivência de seu regime. Tenho minhas dúvidas se teremos realmente uma guerra regional de vários fronts contra Israel. Não descarto essa possibilidade, mas não estou certo sobre ela. O Hezbollah lembrará a guerra de 2006; o Hamas, a de 2009. O poder de dissuasão de Israel está aí.

Estado: E como o sr. vê o risco de uma deriva da Síria em direção a um estado completo de guerra civil? Como isso afetará Israel?


Ilan Mizrahi: O futuro da Primavera Árabe é desconhecido. Por enquanto, vemos que o Islã político – a Irmandade Muçulmana e suas filiais – tem vantagem. Pela ideologia desses movimentos, eles estão longe de ser amigos de Israel. Não teremos mais o Egito de (Hosni) Mubarak e não sei com que tipo de regime lidaremos na Síria depois de Bashar (Assad). Pode ser um regime que, ao longo de anos, estará ocupado internamente. Pode ser uma Irmandade hostil a Israel. Assad manteve a fronteira (com Israel) silenciosa por muitos anos, embora fosse um aliado estratégico do Hezbollah e do Irã – nossos arqui-inimigos. O que é certo é que, se Assad cair, a posição de Teerã no Oriente Médio será seriamente enfraquecida. O que ocorrerá depois, não sei.


Estado: E quanto ao risco de uma intervenção externa na Síria?


Ilan Mizrahi: Acredito que ninguém fará isso. Agora não há o petróleo que havia no caso da Líbia e as implicações geopolíticas são totalmente diferentes. Não se sabe nem mesmo como a oposição a Assad reagiria a um ataque externo. Vamos ter um novo Iraque, com jihadistas islâmicos a caminho da Síria para lutar contra o Ocidente? A Síria pode mesmo se romper em duas partes, o que teria imensas implicações para a Turquia, que é da Otan, em razão da questão curda. Duvido que se arrisquem a esse ponto.

Estado: E no Egito, qual é o cenário?


Ilan Mizrahi: A Irmandade gravitará em torno de dois polos: o pragmatismo de governo e o apelo de sua ideologia. Vai depender do momento. Agora, por razões táticas, eles querem se mostrar modernos e democráticos. Mas isso pode mudar a qualquer momento. Na última semana, deputados egípcios declararam no Parlamento que o inimigo ainda é e sempre será Israel. Por enquanto, não querem rever os acordos (de paz, de 1979). Veremos. Eu venho da área de inteligência e um bom agente nesse campo sempre é cheio de dúvidas e pessimista. Sou assim.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Rússia visa o desenvolvimento de armas futurísticas

Acima o caça de quinta geração russo, o PAK-FA T-50; O caça hoje em dia é um dos sistemas de armas mais modernos dos arsenais russos 
Propostas para o desenvolvimento de armas baseadas em conceitos futuristas estarão prontas até dezembro deste ano para serem incluídas no próximo programa de aquisição de armas do governo russo, disse nesta quinta-feira o ministro da Defesa da Rússia, o senhor Anatoly Serdyukov.

“O desenvolvimento de armas baseadas nos novos princípios da física; armas de energia direta, armas geofísicas, armas de ondas de energia, armas genéticas, armas psicotrônicas e etc, é parte do programa de aquisição de armas do estado para 2011-2020”, disse Serdyukov em uma reunião com o primeiro ministro Vladimir Putin.

O governo russo já preparou um projeto de lei sobre a criação de uma agência de pesquisa militar avançada, nos moldes da DARPA dos EUA. A proposta agora será apresentada ao Parlamento Russo em breve.

Leia também: Rússia terá em breve uma agência similar a DARPA americana

França começa a fabricar mísseis “Fire Shadow” para a Inglaterra


A renomada empresa fabricante de mísseis francesa, a MBDA, começou a fabricar para o Exército Britânico modernos mísseis do tipo “Fire Shadow”. Esses mísseis são do tipo “loitering”, ou seja, esse tipo de míssil pode ficar planando por hora antes de atacar um alvo apropriado.

“Completamos os lançamentos de testes”, afirmou Steve Wadey, diretor executivo técnico da MBDA e seu gerente na Inglaterra. Ele agregou que “todos os lançamentos, efetuados contra uma série de veículos fixos e movimento, foram um sucesso total”.

A MBDA já conclui a entrega dos primeiros exemplares do Fire Shadow para o Exército Britânico, disse Wadey. No entanto, ele se recusou a especificar quando e onde os mísseis serão colocados em serviço operacional.

Os mísseis Fire Shadow pesam menos de 200 kg, têm um alcance de até 100 km, podemo voar a uma altura de 4.600 metros e permanecer até 6 horas voando sobre o campo de batalha, esperando o momento apropriado para atacar os objetivos terrestres e navais apropriados. Podem ser usados pelo UAVs e helicópteros de ataque para garantir a precisão do ataque.

Segundo Wadey, a MBDA planejar iniciar as consultas com outros clientes potenciais para “assegurar um interesse mais amplo para o Fire Shadow.

Israel compra o 6º submarino Type 800 Dolphin da Alemanha


Israel firmou um acordo com a Alemanha para a aquisição do sexto submarino alemão da classe Type 800 Dolphin, informou o ministro da Defesa da Israel, Ehud Barak, que fora citado pelo jornal israelense Yediot Ahoronot.

O acordo foi assinado ontem em Berlim por Ehud Barak e o secretário de Estado do Ministério da Defesa alemão, Ruediger Wolf. O valor do contrato não foi divulgado.

Israel comprou os três primeiros submarinos da classe Type 800 Dolphin entre 1999 e 2000. O acordo de compra do quarto e do quinto submarinos foi assinado em 2005 e sua construção já quase finalizada.

Os submarinos convencionais (diesel-elétrico) da classe Type 800 Dolphin são construídos nos estaleiros alemães da Howaldtswerke-Deutsche Werft, em Kiel. Os submarinos dessa classe deslocam 1900 toneladas, medem 57 metros de cumprimento e desenvolvem uma velocidade de 20 nós, podendo mergulhar a uma profundidade de 200 metros. A tripulação é composto por 30 homens.

O armamento inclui seis tubos de lança-torpedos de 533mm e quatro de 650mm.


Rússia encomenda 30 caças Su-30SM


O Ministério da Defesa da Rússia firmou com a companhia aeronáutica russa Irkut, um contrato para o fornecimento de 30 caças multifuncionais do tipo Su-30SM, informou hoje um porta-voz do Ministério da Defesa.

“Mediante o contrato, a companhia Irkut produzirá para a Defesa 30 aviões deste modelo para 2015”, declarou o porta-voz.

O porta-voz agregou que a futura entrega aumentará notavelmente o poderio combativo da Força Aérea Russa.

O caça multifuncional Su-30SM, desenvolvido pela gabinete de projetos da Sukhoi, vem a continuar com a gama de caças Su-30MKI, modelo que a companhia Irkut produz em série na fábrica de Irkutsk e que compete de igual com os análogos estrangeiros. Índia, Argélia e Malásia escolheram o modelo Su-30MK como seu principal caça de combate.

O presidente da Irkut, Alexei Federov, citado pelo porta-voz do Ministério da Defesa, sublinhou que a “produção em série dos Su-30 permite garantir alta qualidade dos aviões enviados para a VVS ou para exportações”.

O caça multifuncional biposto Su-30, ou Flanker-C na classificação OTAN, é o primeiro caça de combate super-manobrável que começou a ser fabricado em série e o primeiro caça russo a ser exportado equipado com um radar de antes em fase.

Golpe militar na China ou mais um erro da inteligência americana?


As agências de inteligência americanas estão em alerta já a alguns dias porque alguns sites chineses circulam informações sobre um golpe militar no país.

Segundo o jornal americano The Washington Times, apesar do rigoroso controle do governo chinês na rede, vários usuários conseguiram publicar na noite de 19 de março em vários sites da Web imagens onde tanques e outros veículos militares estão entrando em Pequim.

No entanto, segundo destaca a inteligência americana, vários chineses expressaram sua preocupação pelo considerável aumento da policias na cidade e asseguravam terem ouvido disparos de armas de fogo nas ruas da cidade. Alguns inclusive disseram que “um acontecimento político de grande magnitude havia ocorrido em Pequim”, enquanto outros asseguravam que  houve uma “reunião secreta” convocada pela Comissão Militar Central, o órgão do Partido Comunista que supervisiona as Forças Armadas da China.


Medidas imediatas
Devido a estes rumores, muitos sites chineses aturam de imediato: bloquearam nos buscadores a palavra “golpe de estado”, “disparos” e “bala”, para que assim os internautas não pudessem acessar as informações.

A inteligência americana vincula estas informações sobre um suposto golpe militar com a situação política do país e ressalta que os rumores começaram depois da queda de Bo Xilai, um alto funcionário do Partido Comunista Chinês e quem aspirava dirigir o mesmo partido. Porém Bo Xilai foi envolvido em vários escândalos e tem uma relação estreita com os militares.

Por enquanto, Pequim não negou a informação.