quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dilma Rousseff destaca que a construção de uma grande nação passa pelo desenvolvimento de sua capacidade de defesa


A presidenta Dilma Rousseff afirmou durante discurso no almoço de confraternização de fim de ano com os oficiais-generais das Forças Armadas, no Clube da Aeronáutica, em Brasília que seguirá apoiando a renovação dos equipamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Segundo ela, juntamente com o Ministério da Defesa, as Forças Armadas são instituições que terão papel relevante “na caminhada para tornar o Brasil um país mais justo, mais desenvolvido e mais soberano”.

Ao discursar, a comandante suprema ressaltou a lealdade, a abnegação e o patriotismo dos militares brasileiros. “Reconhecemos a nobreza daqueles que dedicam a vida à defesa da soberania, da democracia e da integridade territorial do Brasil, por isso o Brasil também tem de reconhecer que esses homens e mulheres necessitam de recursos, não só aqueles dos equipamentos, mas também aqueles que garantam uma vida digna à família militar”, afirmou. A presidenta também sublinhou o compromisso de seu governo em incentivar a participação do Brasil em operações de paz, e defendeu o fortalecimento da indústria nacional de defesa, além do desenvolvimento tecnológico do setor.

Participaram do evento o vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro da Defesa, Celso Amorim, os comandantes das três Forças – almirante Julio Soares de Moura Neto (Marinha), general Enzo Peri (Exército) e brigadeiro Juniti Saito (Aeronáutica), o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general José Elito Carvalho Siqueira. O almoço foi o segundo encontro do dia entre a presidenta e os oficiais- generais. O primeiro aconteceu no final da manhã, no Palácio do Planalto, quando os militares recém-promovidos das três Forças foram apresentados a ela. Antes da cerimônia, os promovidos haviam sido apresentados, em solenidade interna no Ministério da Defesa, ao ministro Celso Amorim.

No Palácio do Planalto, dirigindo-se aos oficiais, a presidenta ressaltou a importância de uma política de defesa “assertiva” para o desenvolvimento econômico e para a execução de uma política externa soberana. “Para construir uma grande nação é fundamental dispor de capacidade na defesa dos interesses pelos mais diversos meios, notadamente os dissuasórios”, sublinhou. Dilma Rousseff também pontuou a necessidade de o Brasil reforçar as relações com as nações amigas,especialmente as que têm limite com o território brasileiro: “O Brasil é um país pacífico que possui relações baseadas na cooperação e no diálogo com as demais nações, especialmente com os nossos vizinhos, com quem mantemos, há mais de 140 anos, relações amigáveis e pacíficas”, afirmou. “Sem sombra de dúvida, esse é um valor importantíssimo quando se vê um mundo em que várias regiões estão hoje vivendo momentos muito conflituosos”.

No almoço no Clube da Aeronáutica, a presidenta destacou também a necessidade de valorização de uma política de compra das Forças Armadas. “Temos de dar muita importância também a uma política de compras governamentais que tenha o poder de organizar a demanda e, assim, fortalecer a cadeia produtiva de bens industriais e de serviços para a defesa”, afirmou. Outro aspecto presente no discurso da presidenta foi o compromisso do governo com a valorização da carreira militar. “Estamos comprometidos com a valorização da profissão militar para que continuemos atraindo, para nossas Forças Armadas, os quadros necessários ao pleno cumprimento de suas funções profissionais e constitucionais”, disse.


Brasil no cenário internacional

O ministro Celso Amorim também discursou durante o almoço com os oficiais. Ele chamou atenção para o fato de que o Brasil enfrenta, atualmente, um descompasso de não ter uma defesa que possa respaldar sua crescente influência no mundo. “Mesmo um País como o Brasil, que tem a fortuna de não possuir inimigos declarados ou de vislumbrar ameaças iminentes, não pode ser confundido com País desarmado e indefeso”, disse.

Segundo o ministro, para mudar essa realidade é necessário continuar trabalhando para, entre outros aspectos, garantir o fortalecimento institucional do Ministério da Defesa e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Amorim reforçou as palavras antes proferidas pela presidenta Dilma, destacando a necessidade de fortalecimento da indústria de defesa e de obtenção da autonomia tecnológica no setor. Segundo ele, há uma necessidade de se criar mecanismo de financiamento capaz de dar previsibilidade e continuidade aos investimentos em defesa.

Para o ministro, as exportações devem ser um complemento e não a base indústria de defesa nacional. Como ocorre em outras nações, afirmou, o esteio dessa indústria deve ser a aquisição, pelo Ministério da Defesa, dos meios necessários ao equipamento das Forças Armadas brasileiras. Celso Amorim também mencionou a necessidade de valorização da carreira militar. “Temos de solucionar o problema da evasão de recursos humanos das Forças Armadas, valorizar a carreira e torná-la atrativa”, afirmou. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, também discursou durante o almoço. Saito ressaltou o empenho da presidenta da República em atender as necessidades das Forças Armadas, tanto do ponto de vista do reaparelhamento como do bem-estar da família militar. “Evidencia-se a solicitude de Vossa Excelência para com as nossas aspirações, bem como a sensibilidade e a compreensão no tocante aos legítimos anseios da caserna”, disse.

Um comentário:

  1. Bom. Acho que o Brasil tem que parar de falar, e agir .. Comprando logo os materiais belicos !

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