segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Setor militar deve puxar crescimento da Embraer


KC-390

A Embraer SA, quarta maior fabricante de aviões do mundo, acredita que sua divisão de defesa vai liderar o crescimento da companhia, com expansões de "dígitos duplos" em 2012 e respondendo por um quinto do faturamento dentro de poucos anos, disse o diretor-presidente Frederico Curado.

A Embraer, sediada em São José dos Campos, SP, provavelmente vai obter vários desses pedidos militares no mercado interno, disse Curado à Agência Dow Jones. Grandes pedidos devem partir do Brasil, que segundo ele está décadas atrasado em investimentos em seu aparato de segurança. As necessidades se tornaram ainda mais prementes com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, que o país vai sediar, e também por causa das enormes reservas de petróleo do litoral.

A companhia também tem expectativa de fechar mais negócios com forças armadas de outros países com os quais o Brasil tem relacionamento de longo prazo, na América Latina, no Sudeste Asiático e na África. O setor de defesa, que foi transformado numa unidade independente ano passado, já entregou aviões para o Chile, a Colômbia, a República Dominicana e o Equador, na América Latina. A companhia também já assinou contratos com a Indonésia e ter recebido consultas da Europa também.

"Em defesa, nós somos um concorrente de nicho, mas é ali que vemos o maior crescimento", disse Curado, que está no cargo há cinco anos.

O faturamento da Embraer provavelmente vai subir cerca de 7% este ano, para em torno de US$ 5,7 bilhões, disse Curado, e isso deve vir principalmente da venda de aviões comerciais e executivos, com os militares respondendo por cerca de 10% das vendas.

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