quarta-feira, 9 de novembro de 2011

FAB recruta tecnologia para vestir suas tropas

Força Aérea automatiza entregas e reduz o tempo de distribuição dos fardamentos para todo o Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB), ao perceber o aumento das vendas de fardamento em todo o Brasil recorreu à inovação na logística para automatizar seu armazém central. As entregas que antes levavam três meses tiveram tempo reduzido para 15 dias.

O Capitão Intendente Robson Teles Peixoto explica que a necessidade de um projeto de automatização ocorreu em razão do aumento expressivo dos itens vendidos. Segundo ele, em 2007 as vendas eram de 120 mil itens por ano, já em 2010 o número mais que dobrou.

"Antes, a partir de uma solicitação, supríamos de forma manual o material necessário às vendas nas 28 lojas de fardamento. Agora temos um ciclo de suprimento com determinação de necessidades automatizadas para atender as demandas", explica Peixoto que atua como assessor de tecnologia da informação da Diretoria de Intendência (DIRINT).

Segundo o capitão o problema encontrado pela FAB estava nas fases de armazenamento, separação e expedição dos itens.

Diante desse problema, o órgão investiu R$ 2,3 milhões para aquisição de um transelevador.

Vencedora de um pregão eletrônico, a empresa italiana Cassioli foi a responsável por implantar a tecnologia que realiza a movimentação das caixas onde ficam estocados os produtos, além de esteiras que conduzem as unidades até os operadores.

Peixoto conta que por meio da tecnologia basta informar o pedido feito que o sistema desce com as caixas.

"Cada item possui uma etiqueta de identificação. Se ocorrem mais retiradas do que a descrita no sistema ele avisa que faltam itens na caixa."

Segundo ele, entre as vantagens da tecnologia estão o aumento do controle de estoque, diminuição dos erros de separação e o aumento de disponibilidade no estoque. Além disso houve redução na equipe de trabalho, que passou de 11 para três pessoas.

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O armazém da FAB, localizado no Campo de Marte em São Paulo, possui capacidade de armazenagem de 30 mil metros cúbicos, dos quais foram utilizados sete mil para o projeto de automatização.

Segundo o Capitão Peixoto, o projeto possui capacidade para 5 mil caixas, que são separadas por modelagem e tamanho.

E para melhorar a qualidade do serviço, a FAB integrou ao sistema uma solução para a identificação dos produtos através de uma etiqueta eletrônica que reúne informações de série de cada produto.

"Com a automatização do armazém conseguimos agilizar em mais de 100% o processo", avalia o capitão. Diariamente, o sistema chega a movimentar até 500 caixas.

Como próximo passo, a Força Aérea Brasileira pretende informatizar as 28 lojas de fardamento espalhadas pelo Brasil. Peixoto conta que a intenção é que os oficiais ao receber a demanda de itens possam conferir os produtos por meio de computadores de mão.

A venda também será realizada através da identificação do número de série de cada produto utilizando um leitor conectado aos terminais de venda.

"A implementação do projeto de automação também permite dar prosseguimento à idealização do e-commerce. Já estamos com um estudo para catalogação visual dos produtos e especificações do software da interface da loja eletrônica."

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