quarta-feira, 30 de novembro de 2011

DCNS começa a construir o primeiro "Mistral" para a Rússia

O estaleiro francês DCNS (Direction des Constructions Navales) recebeu um adiamento de Moscou correspondente a um contrato de US$ 1.2 bilhão e começará a construir o primeiro porta-helicópteros da classe “Mistral” para a Armada Russa, revelou o serviço de imprensa do estaleiro DNCS nessa quarta-feira.

França e Rússia assinaram em junho passado um contrato para a construção de dois porta-helicópteros franceses da classe Mistral. O contrato inclui a transferência de tecnologia sensível, para que a Rússia possa construir em seus estaleiros mais dois navios desse tipo.

“O pagamento adiantado foi recebido a algumas semanas e o trabalho no primeiro navio está em andamento”, disse o serviço de imprensa do estaleiro francês. “O primeiro navio será entregue em 2014 e o segundo em 2015.”

A construção do segundo navio deverá começar em alguns meses e os trabalhos procederão de modo simultâneo com os trabalhos no primeiro porta-helicópteros, mas isso dependerá de quando o pagamento integral será feito para que o primeiro navio seja feito”, disse uma fonte da DCNS.

O porta-helicópteros Mistral desloca 21 toneladas, mede 210 metros de comprimento e pode se deslocar a uma velocidade de 18 nós. Sua autonomia de até 10,800 km.

O navio pode operar até seis helicópteros, seis lanchas de desembarque e dois hovercraft, sem contar que pode abrigar um batalhão de tanques de combate Leclerc ou outros 70 viaturas blindadas.

Sua tripulação costa de 160 homens e pode transportar outros 450 homens.

Vários países vizinhos à Rússia demonstraram um certo desconforto com essa aquisição russa, entre eles Suécia, Dinamarca e de uma forma mais veemente Geórgia e Lituânia, curiosamente dois ex-satélites soviéticos.

Os militares russos tem planos de usarem os Mistral nas Frotas do Norte e do Pacifico.

Vários analistas militares russos e empresas russas questionam o sentido financeiro e militar da compra, e alguns acreditam que a Rússia simplesmente quer ter acesso à avançada tecnologia naval francesa, que poderia ser usada no futuro em eventuais conflitos com a OTAN e seus aliados.

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