terça-feira, 22 de novembro de 2011

Amorim diz que compra de caças depende de efeitos da crise


Em Paris, ministro não confirma que a compra dos caças acontecerá em 2012.

A compra de 36 aviões de caça para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB) dependerá da evolução da crise financeira mundial, afirmou nesta terça-feira em Paris o ministro da Defesa, Celso Amorim, que preferiu não garantir se a decisão será tomada em 2012.

"Neste momento, a consideração fundamental é de ordem financeira e econômica. Não sabemos quais serão as consequências da crise financeira mundial sobre o Brasil", disse Amorim, em uma coletiva no ministério francês da Defesa.

"Devemos ser prudentes, sem esquecer que nossas necessidades na área de Defesa exigem uma decisão que não pode ser adiada indefinidamente."

Sem querer confirmar quando será anunciada a decisão sobre a compra, prevista para 2012 após o adiamento do projeto, Amorim reconheceu que "há urgência" em relação ao assunto.

"A vida útil dos Mirages está se esgotando. A manutenção vai custar caro a partir de 2013. Mas a urgência não é o único fator determinante. As possibilidades materiais também contam e é preciso balancear as duas coisas."

Além do Rafale francês, o americano F-18 Super Hornet, da Boeing, e o sueco Gripen, da Saab, também disputam a licitação brasileira para a compra dos caças.


Parceria

A pressão do governo francês para tentar vender seus aviões Rafale ao Brasil é enorme. Até hoje, a França não conseguiu exportar o modelo e conta com o Brasil para realizar sua primeira venda internacional.

Por este motivo, o projeto de compra de caças para a FAB, chamado de FX-3, deverá dominar as discussões entre Amorim e autoridades francesas. O valor do projeto está estimado em cerca de US$ 6 bilhões (cerca de R$ 10,6 bilhões).

Nesta terça-feira, após encontro com o ministro da Defesa francês, Gérard Longuet, Amorim se reúne com o chanceler Alain Juppé. Ele também será recebido na quarta-feira pelo presidente Nicolas Sarkozy.

O Brasil concluiu em 2009 uma "parceria estratégica" na área militar com a França que prevê a compra de helicópteros, que já começaram a ser fabricados no Brasil, e quatro submarinos convencionais Scorpène, com transferência de tecnologia, além do casco de um submarino com propulsão nuclear.

Segundo Amorim, que visitará na quarta-feira o estaleiro na Normandia onde estão sendo construídas partes do Scorpène, sua visita à França tem o objetivo de fazer um apanhado dos contratos em andamento.

2 comentários:

  1. Informante, os caças russos têm alguma chance de voltar ao cenário da escolha do fx-3?
    Qual caça você acha que pode ganhar a disputa do fx-3? Será que com a possível vitória do stucano nos states o shornet pode sair na frente aqui?
    abs
    Jimmy

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  2. Se tratando de nossa burrocracia e de que nossos governantes não são sérios, todo mundo tem chances.

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