segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Russos criam “tecido de ouro” para coletes balísticos

A foto acima é meramente ilustrativa e não representa nenhum colete desenvolvido a partir das fibras AuTx 

Os russos exibiram durante a MILIPOL-2011 – uma feira de segurança e tecnologia – o filamento sintético AuTx, também chamado de “tecido de ouro”. Este novo material desenvolvido por especialistas russos, pode ser utilizado na produção de coletes balísticos muitos mais resistentes e menos pesados que os coletes feitos de kevlar.

O filamento AuTx é uma nova geração de materiais que já é usado com sucesso na indústria aeroespacial russa e pertence as fibras sintéticas do tipi “aramida”, feitas com kevlar e twaron, poliamidas de uso frequente nos coletes balísticos e nos pneus resistentes a furos.

Ao contrário dos demais, o AuTx tem o dobro da resistência dinâmica. Os coletes balísticos que são feitos com ele pesam duas vezes menos que os coletes feitos com outros materiais de aramida. Ademais, também é mais resistente ao fogo e pode ser utilizado para a confecção de trajes para os bombeiros.

Segundo os dados técnicos, o “tecido de outro” é mais duradouro e inclusive aumenta a sua durabilidade com ao longo do tempo.

Se já não fosse pouco, para fabricar as fibras AuTx, elas são tratadas com um reagente especial que permite conservar suas propriedades inclusive ao contato com água, oléos ou outros fluídos hidráulicos.

Em comparação, o kevlar que atualmente é o mais usado na concepção de trajes balísticos, perde sua durabilidade devido ao luz solar ou entrar em contato com a água, enquanto sua exposição a altas temperaturas acelera o envelhecimento do material.

Os coletes balísticos modernos na maioria dos caos protegem o soldado, más, todavia têm numerosas imperfeições.  O mais importante é o peso dos coletes, que sobe proporcionalmente a proteção buscada, ou seja, para aumentar a proteção é necessário utilizar as fibras placas de cerâmica, aços leves ou titânio. Outra desvantagem é a comodidade. É quase impossível correr com colete que pesa 15 kg ou mais. Agregue isso o armamento, os equipamentos de comunicação e o capacete.

Por isso, em todo mundo é realizado diversas pesquisas para aperfeiçoar os coletes balísticos, na Rússia não é diferente. A Rússia encoraja o desenvolvimento de materiais especiais e realiza pesquisas com vários líquidos e colas que permitam os tecidos serem mais resistentes das fibras já conhecidos.

Em 2007, a Rússia apresentou pela primeira vez a chamada “armadura líquida” ou sacos contendo um gel de nanopartículas sólidas e líquidos preenchidas. Um duro golpe, um projétil ou fragmento de um míssil instantemente fixa as substâncias líquidas entre si e o gel se converte em um forte material composto que impede a penetração. Espera-se que esta “armadura líquida” seja utilizada para aumentar a proteção de veículos terrestres e aeronaves, contra destintos impactos de carácter mecânico.

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