quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Penetta afirma que o Exército Americano deve reinventar-se

O Secretário de Defesa dos EUA descreveu o que os analistas e especialistas militares chamam de uma “ameaça hibrida”, uma combinação de combates convencionais e irregulares, como a guerra de 2006 entre as forças de Israel e o Hizbollah

Militares americanos no Iraque

O Exército dos Estados Unidos da América não continuará lutando no futuro contra colunas de tanques em guerras convencionais, mas tem que se preparar para as ameaças provindas de armamentos de alta tecnologia, segundo disse ontem Secretário de Defesa americano, Leon Penetta.

Penetta desafiou a geração “curtida em combate” de oficiais que lutaram durante a década passada no Iraque e Afeganistão para que pense em novas idéias com o objetivo propiciar ao Exército Americano a capacidade de lutar contra uma ampla gama de inimigos em potenciais, incluindo os grupos militares.

Mencionando a Primeira Guerra do Golfo de 1991, Penneta disse que a “realidade é que não há muitos países que fabricam tanques, por isso não é provável que devamos conduzir uma nova Tempestade do Deserto no futuro”.

“Em vez disso, vejo que tanto os atores estatais como não-estatais, estão se armando com material de alta tecnologia, que é fácil de comprar e operar, armas que questionam nossa tradicional vantagem e liberdade de movimento”, disse Penneta em uma audiência composto em sua maioria para oficiais da reserva.

O Secretário da Defesa descreveu o que os analista militares chamam de “ameaça hibrida”, uma combinação de combates convencionais e irregulares, como a Guerra do Líbano de 2006 entre as forças de Israel e o Hizbollah, que é frequentemente citada como exemplo mais amplo da mudança do modus operandi do cenário militar.

Naquele conflito, as tropas do Hizbollah utilizaram armas de alta precisão teleguiadas, enquanto avançavam em pequenas unidades similares as guerrilhas. Lembro que só no Vale do Bekka, mais de 40 tanques israelenses foram abatidos por poderosas armas anti-tanques em poder do Hizbollah.

Estão surgindo novos modelos de mísseis anti-tanque, mísseis portáteis terra-ar, UAVs, mais fáceis de manusear, mais baratos e também potencialmente mais perigosos para o Exército Americano, assim apontam os analistas.

O Exército Americano foi treinado durante décadas para lutar em guerras em extensos territórios e requereriam um grande número de tanques. No entanto, não conflitos no Iraque e Afeganistão, esse mesmo exército teve que mudar e abraçar uma estratégia de contra insurgência.

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