quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Paquistão eleva o tom contra os EUA e se aproxima dos chineses

Ministro do Interior do Paquistão, Rehman Malik (à direita), recebe o ministro da Segurança Pública da China, Meng Jianzhu, segunda-feira, na base aérea de Chaklala, em  Rawalpindi
Estados Unidos e Paquistão elevaram o tom na troca de acusações ontem, em uma demonstração do abalo por que passa a relação bilateral desde a operação que matou o terrorista Osama bin Laden em solo paquistanês, no início de maio.

O Paquistão rechaçou as acusações dos americanos de que faria jogo duplo com militantes da rede Haqqani, ligada aos extremistas do Taleban. Além disso, Raza Gilani, premiê paquistanês, afirmou que ações militares unilaterais dos EUA dentro do país são uma violência à sua soberania.

Já a Casa Branca insistiu em que o governo paquistanês corte laços com o Taleban. "O Paquistão deve tomar uma atitude para lidar com essas ligações", disse o porta-voz Jay Carney. "Estamos sempre revisando nossos programas de ajuda", afirmou, em referência ao auxílio militar aos paquistaneses.

Enquanto se afasta dos americanos, Islamabad aproxima-se de Pequim. "Somos verdadeiros amigos e contamos um com o outro", disse ontem Gilani após conversas com Meng Jianzhu, ministro da Segurança Pública chinês.

"Os paquistaneses tentam usar todas as suas opções diplomáticas para desarmar a pressão sobre eles e esperam que a China possa ajudá-los nessa crise", disse o analista Hasan Askari Rizvi. Um ponto de descontentamento do lado paquistanês é o acordo nuclear entre EUA e Índia.

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