sábado, 4 de junho de 2011

Britânicos, os pais da Blitzkrieg?

General Heinz Wilhelm Guderian -
A ele é atribuído o conceito de
'guerra-relâmpago'
Atribuído a Hitler, o que teria cunhado com fins de intimidação, o termo “Blitzkrieg”, na verdade, refere-se a um conjunto de idéias que não foram esboçados por alemães. Estrategistas britânicos como o capitão Liddel Hart, o major John Frederick Charles Fuller e o major-general Giffard Le Quesne Martel já haviam formulado alguns desses conceitos.

Na Alemanha, o primeiro a teorizar sobre a guerra-relâmpago foi o general Guderian. Ele apresentou ao ditador nazista a proposta de que a força principal deveria ser o ataque, ao qual todas as demais armas deveriam estar subordinadas. Receptivo, o Führer vislumbro na idéia forte apelo de propaganda, já que as unidades mecanizadas costumavam impressionar bastante os civis nos desfiles militares.

Mas, na Polônia, foi o líder alemão quem se surpreendeu. Em um dos combates, um regimento de artilharia polonês foi esmagado pelos Panzers. Ao chegar no local, em seu trem Amerika, Hitler viu um pouco do que restou das armas e imaginou que os Stukas fossem responsáveis pela ação. A reação de espanto surgiu ao ser informado de que o estrago havia fora causado por tanques.
Daí em diante, o povo polonês pressionou o seu líder a tomar o caminho da paz. Para os poloneses, esse apelo só significou mais destruição. A partir do dia 17 de setembro, quando as tropas soviéticas invadiram o leste da Polônia – cumprindo o pacto secreto – já não havia mais chances de resistência, o ditador nazista determinou uma ofensiva final sobre Varsóvia, temendo que a capital fosse tomada pelos soldados de Stalin. A conquista ocorreu no dia 25. Três dias depois, o governo polonês deixou de existir.

Hitler recebe as tropas alemãs em Varsóvia (5 de outubro de 1939)
No final da campanha, o saldo foi mais do que favorável para Hitler. A Alemanha perdeu 8 mil soldados – apenas 759 da Luftwaffe – e 27 mil ficaram feridos, mas deixou um rastro de destruição do lado inimigo: 70 mil mortos e 130 mil feridos. Ainda mais impressionante foi a curta duração da batalha: 27 dias, muito menos do que dois anos de combate previstos por analistas. Para o mundo, ficou a imagem de que surgia uma máquina de guerra difícil de ser combatida.

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