O governo alemão não planeja iniciar a redução do número de tropas alemãs no Afeganistão até 2012, uma decisão que poderia resultar em uma disputa com os social-democratas de centro-esquerda, o maior partido de oposição no Parlamento da Alemanha.
A chanceler Angela Merkel, o ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, e os ministros do Interior e Desenvolvimento concordaram em uma reunião na chancelaria em renovar o atual mandato parlamentar para um limite de até 5 mil soldados, mais uma reserva flexível de 350, no início de 2011.
Merkel planeja fazer uma declaração ao Parlamento em meados de dezembro, pedindo por uma ampla maioria parlamentar para um mandato estendido. Mas essa extensão provavelmente levará a uma briga com os social-democratas, que apoiaram os mandatos anteriores para a missão no Afeganistão.
A chanceler não precisa de apoio dos social-democratas para renovação do mandato, mas ela deseja que o apoio parlamentar seja o maior possível para rechaçar as críticas públicas à uma missão que é impopular na Alemanha, assim como na maioria dos países que possuem tropas no Afeganistão.
Se Merkel se recusar a apresentar um cronograma, Schulz recomenda que o SPD vote a favor do mandato, mas submeta uma moção parlamentar para que o cronograma esteja anexado ao mandato, e recuse seu apoio a quaisquer extensões nos próximos anos.
Ele disse que deve ficar claro que “a Bundeswehr (as forças armadas alemãs) não participará de nenhuma operação adicional de combate no corredor entre 2013 e 2015, no máximo”.
Os líderes do SPD se reuniram na segunda-feira da semana passada para determinar a posição do partido sobre o futuro da missão alemã no Afeganistão.
A Alemanha possui a terceira maior presença no Afeganistão depois dos Estados Unidos e do Reino Unido. Em fevereiro, o Parlamento alemão aprovou um novo mandato que aumentou o teto de soldados em 850, para 5.350. A votação foi 429 a favor contra 111 contra e 49 abstenções.
Grande parte dos membros do SPD no Parlamento aprovou o mandato. Segundo uma recente pesquisa, 62% os alemães são favoráveis a uma retirada imediata da Bundeswehr do Afeganistão.
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