terça-feira, 2 de novembro de 2010

Fidel Castro critica ONU e pede "um órgão mais democrático"

O ex-presidente cubano Fidel Castro publicou nesta terça-feira uma análise sobre o debate realizado no dia 26 de outubro sobre o embargo econômico dos Estados Unidos em Cuba, e pediu uma Organização das Nações Unidas (ONU) mais democrática.

"A ONU deve ser verdadeiramente democrática, e não um reduto imperial com o qual a imensa maioria dos povos não pode contar", criticou o ex-líder cubano em artigo, classificando ainda a organização como "ultrapassada".

"Foi fundada antes do fim da Segunda Guerra Mundial, está já esgotada", escreveu Fidel Castro, após lembrar que a instituição nasceu quando a maioria dos países que agora a integram não era sequer independente.

"Que direito temos nós, se não podemos sequer exigir o fim do bloqueio econômico imposto contra um pequeno país?", questionou o ex-presidente cubano.

"Os povos estão cansados já de agressões, saques, abusos e enganos", acrescentou.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, declarou, na segunda-feira, seu apoio à Fidel.

"É um grande triunfo. Com esses resultados, o companheiro Fidel deveria ser secretário-geral da ONU", declarou Morales durante a apresentação do livro do ex-líder cubano, "Da Serra Maestra a Santiago de Cuba. O contra-ofensiva Estratégica", em La Paz.

Fidel, que completou 84 anos em agosto, reapareceu na vida pública em julho, após quatro anos afastado da vida política por uma grave doença que lhe obrigou a deixar a Presidência de Cuba em mãos de seu irmão Raúl.

Nos últimos meses, Fidel protagonizou diferentes atos públicos: lançou dois livros sobre suas memórias guerrilheiras, concedeu entrevistas à imprensa internacional e se dedicou a chamar a atenção dos perigos da possibilidade de uma guerra nuclear entre Estados Unidos e o Irã.

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