A Procuradoria da Colômbia abriu uma investigação prévia para verificar a veracidade das denúncias de um major aposentado da Polícia que acusou Santiago Uribe, irmão do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), de ter vínculos com um grupo paramilitar, informaram nesta segunda-feira fontes judiciais.
Daniel Pardo, advogado das vítimas do grupo paramilitar conhecido como 'Os Doze Apóstolos', explicou à emissora Noticias Uno que a Procuradoria colombiana "abriu uma investigação prévia" para determinar "se são verdadeiras" as acusações contra Santiago Uribe.
Essas acusações foram feitas em maio passado pelo major da Polícia Juan Carlos Meneses, já aposentado, em uma entrevista ao diário americano The Washington Post.
Meneses denunciou então que Santiago Uribe, irmão mais novo do ex-presidente, liderou um grupo paramilitar na década de 1990 em Yarumal (noroeste da Colômbia).
O ex-oficial da polícia declarou ao The Washington Post que o grupo paramilitar "Os Doze Apóstolos", supostamente liderado por Santiago Uribe, assassinou simpatizantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e supostos subversivos.
Além disso, segundo Meneses, Santiago Uribe lhe disse que seu irmão Álvaro, que nos anos 90 era senador, conhecia essas atividades.
O ex-presidente Uribe, que sempre negou ter vínculos com paramilitares e narcotraficantes, qualificou de "infâmia" as acusações contra seu irmão.
O próprio Santiago Uribe também se defendeu em carta enviada ao jornal americano, na qual rejeitou categoricamente qualquer vínculo com os paramilitares e chamou de "mentiroso" o testemunho de Meneses.
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