quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Rússia decide não vender o sistema de mísseis de defesa anti-aérea S-300 ao Irã de uma vez por todas

S-300 é exibido na parada militar, na Praça Vermelha, em 2009
A Rússia planeja devolver cerca de US$ 800 milhões que o país persa pagará de forma antecipada para obter o sistema de defesa anti-aérea S-300. Sergey Chemezov, diretor da empresa Rostekhnologii (empresa que fabrica o S-300) comunicou que empresa está preparando todos os documentos necessários para a devolução do montante ao Irã. No entanto, é pouco provável que soma seja entregue nesse ano.

A Rússia anulou os contratos para o fornecimento de sistema anti-aéreos S-300 ao Irã para cumprir as sanções adotadas previamente pelo Conselho de Segurança da ONU. "Os S-300 estão proibidos. Há uma decisão da ONU, e há um decreto do presidente que proíve o fornecimento ao Irã desses sistemas", destacou Chemozov.

Anteriormente o chefe do comitê dos Exteriores da Duma, Konstantin Kosachev, anunciou que Teerã realmente poderia exigir uma compensação considerável em virtude da renúncia da Rússia em fornecer os mísseis. "O Irã tem o direito de uma certa compensação pelo não cumprimento do contrato. Nas condições atuais, a Rússia sofreria perdas de até US$ 1 bilhão", disse Kosachev em uma entrevista concedida ao canal Russia Today.

Enquanto isso, o político também destacou que as perdas políticas que a Rússia sofreria em caso do não cumprimento do contrato seriam muito mais graves que as atuais, econômicas. Ao mesmo tempo, Kosachev disse que o não cumprimento do contrato não interferiria na já existência cooperação técnico-militar entre ambos os países. "Não estamos perdendo o mercado iraniano, apenas tivemos problemas com um contrato apenas."

O chefe da comissão parlamentar iraniana sobre a segurança nacional e política exterior, Alaeddin Borudzherdi, disse em resposta que a renúncia de Moscou em fornecer os sistemas S-300 "se decidira por via judicial e neste caso, a Rússia deverá pagar ao Irã pela renúncia uma compensação correspondente. Esperamos que a Rússia cumpra com suas obrigações."

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