Uma versão do S-300 é exposta em uma feira de armamentos na Rússia |
"Decidiu-se não fornecer S-300 ao Irã, já que, sem dúvida, a entrega desses mísseis é comprometida pelas sanções" internacionais contra a República Islâmica, assinalou Makarov, citado pelas agências russas.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou recentemente uma resolução punitiva contra o regime iraniano para impedir que o Irã desenvolva mísseis balísticos capazes de transportar armas nucleares.
Rússia e Irã assinaram em 2007 um contrato de comercialização de cinco sistemas de defesa antiaérea S-300, avaliado em US$ 800 milhões, mas o Kremlin suspendeu a operação por motivos políticos em meio à nova etapa de relações com os EUA.
No entanto, questionado sobre uma possível ruptura do contrato, Makarov respondeu que isso estará sujeito à reação o regime iraniano. "Veremos. Isso depende do comportamento do Irã".
Recentemente, o ministro de Defesa iraniano, Ahmad Vahidi, pediu à Rússia que cumpra seus compromissos e entregue ao Irã esses mísseis. "A venda de equipamentos S-300 é um acordo defensivo que não tem nada a ver com as sanções do Conselho de Segurança da ONU, e os russos devem cumprir seus compromissos a este respeito", ressaltou.
As autoridades iranianas afirmam que os S-300 não contrariam nenhum acordo internacional sobre venda ou proliferação de armas e advertem que a negativa russa a fornecer os mísseis prejudicará as relações bilaterais.
Os mísseis S-300 são considerados muito mais potentes que os sistemas antiaéreos Tor-M1 que o Irã comprou da Rússia por quase US$ 1 bilhão em 2005, contrato que Israel descreveu como uma "punhalada nas costas".
O Irã deseja proteger com os sistemas antiaéreos russos suas instalações estratégicas - administrativas, industriais e militares - em caso de ataque por parte dos EUA ou de Israel.
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