domingo, 12 de setembro de 2010

Estados alemães relutam no envio de policiais para treinar forças locais do Afeganistão

Membros do GSG-9 da Bundespolizei
Os Estados alemães estão cada vez mais relutantes em mandar seus policiais ao Afeganistão para ajudar a treinar as forças locais. Brandenburgo foi o primeiro Estado a recusar enviar mais oficiais. O aumento da insegurança e a falta de pessoal significam que outros Estados devem seguir o exemplo.

Esta foi a chave da estratégia da Otan no Afeganistão. Antes que os EUA e seus aliados da Otan possam começar a retirar as forças do país devastado pela guerra, os militares e policiais do Afeganistão precisam ser adequadamente treinados. De fato, uma série de metas de treinamento foram estabelecidas para medir o progresso.

A contribuição da Alemanha, entretanto, pode estar chegando ao fim, descobriu a “Spiegel”. Brandenburgo, o Estado em torno de Berlim, disse que não enviará mais policiais para o Afeganistão, apesar da promessa antiga da Alemanha de assumir um papel de liderança no treinamento de oficiais in loco. Além disso, outros Estados, incluindo Rhine-Whestphalia do Norte, estão com dificuldades para encontrar policiais suficientes que estejam preparados para participar dos programas de treinamento.

Este ceticismo crescente pode desacelerar o progresso na região. Embora o presidente norte-americano Barack Obama tenha se mostrado relutante em escolher uma data para o começo da retirada, a transferência da responsabilidade pela segurança poderá começar em algumas regiões do país já na próxima primavera, dizem alguns oficiais norte-americanos.

Mas a situação local deteriorada, especialmente às vésperas das eleições parlamentares no final deste mês, aumentaram na Alemanha o debate sobre o risco de enviar mais oficiais.

A Bavária,que envia policiais para o país desde 2009, disse que está monitorando de perto a situação da segurança. O assassinato recente de dois policiais espanhóis e de um tradutor que trabalha em esquemas de treinamento no país aumentou os temores já existentes.

Aumento da radicalização?


Ehrhart Körting, ministro de interior da cidade-estado de Berlim, disse que apoia enviar mais policiais ao Afeganistão embora tema que essas operações possam aumentar a radicalização dos islamistas que vivem na Alemanha.

A Alemanha tem contribuído com o programa para treinar a polícia afegã desde 2002 e espera ter 260 treinadores no país até o fim deste ano. Com mais de 4.500 soldados no Afeganistão, o Bundeswehr é o terceiro maior contingente no país depois dos EUA e da Inglaterra.

Refletindo a enormidade da tarefa de melhorar a precária segurança local, os EUA esperam gastar cerca de US$ 6 bilhões por ano para treinar e apoiar as tropas e policiais no Afeganistão depois de começar a retirar as tropas de combate no ano que vem, informou à Associated Press na segunda-feira.

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