sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Governo vai aplicar R$ 9 bilhões para proteger instalações estratégicas

A usina hidrelétrica de Itaipú é considerada uma instalação "sensível" para o governo brasileiro e um
potencial alvo para uma nação estrangeira 

Preocupado com a defesa de instalações sensíveis a ataques externos ou mesmo internos, o Exército iniciou a execução do Projeto Proteger, que estabelece o Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas Terresres (EETer). Os investimentos do Governo federal para o setor serão da ordem de R$ 9,9 bilhões, para aplicação em aproximadamente 12 anos. A meta é capacitar os militares para a execuçao de medidas de prevenção e/ou atuação em caso de necessidade.

“São mecanismos de defesa de instalações, serviços, bens e sistemas cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocaria sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade”, explica o general de brigada José Fernandes Iasbech, do Escritório de Projetos do Exército (EPEx).

Também gerente do Proteger junto ao Quartel General do Exército, em Brasília, Iasbech exemplifica como estruturas de proteção especial, de interesse da defesa nacional, serviços como energia, comunicações, águas, transportes, finanças, setores cibernético, nuclear, espacial e ativos da informação.

Desafio
De acordo com o general, o  desafio é equipar e capacitar  a força terrestre para ações  de prevenção e antecipação  em defesa de estruturas que  são relevantes para a defesa  nacional. Uma sabotagem ou  mesmo um outro tipo de ataque a instalações dessa natureza implicaria em sérios prejuízos para o País.

“O Proteger é um enorme  avanço, desde a prevenção,  que hoje não existe – e passará  a existir, passando pela antecipação”, ressalta o oficial do  EPEx, afirmando que a partir  dessa preparação “o Exército  estará capacitado para uma  pronta resposta”

Os recursos financeiros  previstos serão empregados  na aquisição de sistema de  comunicações, equipamento  para tropas (viaturas, armamento não letal, proteção),  bem como na adequação das instalações. O montante também prevê a compra de equipamentos, como embarcações, viaturas e armamentos,  e o treinamento de 85 mil integrantes das forças militares. Segundo avaliação do Exército, todas essas estruturas  estratégicas respondem por  92% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro , daí também a  necessidade de uma proteção  integrada.

Pontos  Sensíveis
São 13.300 alvos  estratégicos do  “Proteger”. O  mapeamento do  Exército identifica os  689 pontos – usinas  hidrelétricas, nucleares,  termelétricas,  refinarias, linhas  de transmissão,  gasodutos e portos  – mais vulneráveis a  ataques. Hoje, apenas  371 dos chamados  pontos sensíveis  são monitorados  permanentemente  pelo Gabinete de  Segurança Institucional  (GSI), subordinado  à Presidência da  República.

Aperfeiçoamento
De acordo com o general Iasbech, o projeto não é mais que um aperfeiçoamento dos  trabalhos de segurança integrada que o Exército sempre  desenvolveu. “Não há um só  palmo do território brasileiro  que não esteja planejado, que  não tenha a sua defesa planejada pelo Exército”

Ainda conforme o gerente militar, “hoje nós compreendemos que o avanço  econômico do País demanda um aperfeiçoamento  desse sistema e esse é o Sistema Proteger que estamos  desenvolvendo”.

Brasil é o único dos Brics sem sistema de proteção

Ao defender o Proteger, o  general de brigada José Fernandes Iasbech lembra que o  Brasil é o único país integrante do Bric (grupo formado por  Brasil, Rússia, Índia, China e  África do Sul) que não tem esse  sistema integrado de proteção  às estruturas estratégicas.

“O Brasil cresce vertiginosamente. O patrimônio cresce  vertiginosamente. Precisamos adequar nossas tropas e  o nosso treinamento para que  se for determinado pelo Governo federal possamos agir  com presteza e eficácia”, ressalta o oficial.

Exemplos
Para definir o Sistema Proteger o comando do Exército  levou em consideração casos  passados tidos como exemplares, como a invasão da  CSN, a greve da refinaria de  Paulínea e um curto na rede de Tucuruí, que não teve  influência de grevistas, mas  afetou boa parte do País. Uma invasão a qualquer  um desses pontos sensíveis  traria sérias consequências,  dada a natureza e importância desses serviços para  todo o Brasil.

Recop prevê recuperação da capacidade operacional

Dentro das prioridades estratégicas trabalhadas no  Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN), o Quartel  General do Exército também criou um programa para a recuperação e modernização de equipamentos  e tecnologias, o que deve  ser efetivado ao longo de 10  anos, a um custo aproximado de R$ 11 bilhões. Trata-se do Projeto Estratégico de  Recuperação da Capacidade  Operacional (Recop)

O projeto prevê o reaparelhamento e adequação do  Exército Brasileiro para dotar  as unidades de produtos de  defesa imprescindíveis ao emprego operacional.

O Recop inclui a modernização e revitalização dos  meios de aviação do Exército,  de carros de combate M60 Leopard e das viaturas blindadas M113. Junto a isso estão  previstas aquisições de embarcações fluviais, viaturas,  equipamentos e material de  artilharia de campanha e armamento individual.

Nesse contexto, o fuzil ainda  hoje em utilização pelo Exér-cito, o FAL (Fuzil Automático  Leve), é o fabricado pela Imbel  e tem mais de 30 anos de uso,  totalmente obsoleto para o  emprego militar. Ele deve ser  substituído pelo IA2, desen-volvido e produzido no Bra-sil também pela Imbel e que  atende aos Requisitos Opera-cionais Conjuntos (ROC) das  Forças Armadas aprovados  pelo Estado-Maior Conjunto  da Marinha, Exército e Aeronaútica.

2 comentários:

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    explodir linha de transmissão(em vários setores) é mais fácil e barato que "detonar / ocupar" usinas...
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    alias se o grupo terrorista ou invasor tiver conhecimento técnico do sistema de transmissão "furreba" brasileiro(não precisa ser formando la área use o google..rsrs).. pode criar um efeito domino e todo o sistema se desliga causando um apagão nacional..
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    nossos problemas são bem maiores que defender usinas / refinarias...etc... vão cercar o galinheiro com a raposa dentro..rs
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    XTREME

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  2. infor. essa parte da noticia ta meio estranha "de carros de combate M60 Leopard e das viaturas blindadas M113" no caso se trata dos leopard 1a5 q compramos usados da Alemanha correto? tbm nao lembro deles revitalizarem os nossos m60 para nenhum padrao disponivel atualmente.

    de resto, ao meu ver, precisamos de missies de defesa de longo alcance [acho q o termo nem é esse, rs], tais como o s300.

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