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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Presidente eleito do México estende a mão ao Brasil


O México quer estabelecer novas relações com o Brasil e pôr fim à competição dos dois países na região, a ponto de seu presidente eleito, Enrique Peña Nieto, ter anunciado em uma entrevista publicada hoje no jornal Folha de S.Paulo que deseja visitar a presidente brasileira, Dilma Rousseff, antes de sua posse, prevista para dezembro.

"México e Brasil são os dois países mais importantes da América Latina e deverão atuar de forma mais integrada na mediação das crises regionais. Os dois países têm uma longa história nesse âmbito", afirma Peña Nieto.

Para o presidente eleito mexicano, o imperativo de relações mais estreitas entre seu país e o gigante brasileiro não deve se limitar ao campo da economia, mas também "à integração política e cultural".

Segundo Peña Nieto, talvez seja cedo para propor um "acordo de livre comércio" entre os dois países, mas é um tema, explica, "que deverá ser discutido". Em relação à abertura da Petróleos Mexicanos (Pemex) ao investimento privado, o presidente eleito cita a Petrobras como modelo: "É essencial, o modo como o Brasil realizou a abertura de capital de sua empresa de petróleo estatal é um exemplo internacional que pretendemos usar, aproveitando essa experiência".

Para o novo mandatário mexicano, nas relações bilaterais é importante haver empatia entre seus presidentes. Por isso quer viajar o quanto antes ao Brasil para se reunir com Rousseff, convencido de que, apesar de ambos se moverem em coordenadas políticas diferentes, acabarão se entendendo.

É o que ocorreu, por exemplo, entre Rousseff e Barack Obama, que acabaram se entendendo pessoalmente de forma patente. Essa relação abriu novos caminhos de colaboração entre Brasil e EUA, que estavam obstruídos pelos preconceitos do antecessor de Rousseff, Lula da Silva, com Obama, sobretudo por motivo do programa nuclear do Irã, no qual Lula quis mediar diretamente à margem de Washington.
Peña Nieto considerou um erro o fato de que o México, devido à sua proximidade com os EUA, "tenha menosprezado as relações com o resto do continente". "Pretendo agir de forma que o México olhe mais para o sul", indica na entrevista.

O presidente eleito julgou positivamente o movimento estudantil YoSoy132, considerando-o "genuíno, e legítima sua expressão". Peña Nieto afirma que pretende "reforçar as políticas de educação e emprego", que são segundo ele as maiores preocupações dos jovens mexicanos hoje.

No Brasil, a mão estendida de Peña Nieto para Dilma Rousseff foi interpretada como um "fato novo" e quase inédito nas relações entre os dois países, e que poderá criar novas dinâmicas de colaboração com consequências inclusive no Mercosul, onde a entrada da Venezuela no próximo dia 31 poderia criar novas tensões na região.

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