O acordo nuclear mediado por Brasil e Turquia em maio com o Irã não tinha chance de sucesso porque o país persa está "ideologicamente" comprometido a obter a bomba atômica e porque os iranianos são mestres em enganação, disse ontem o presidente dos EUA, Barack Obama, segundo relato do colunista do "Washington Post" Robert Kagan.
A Casa Branca reuniu ontem um pequeno grupo de jornalistas para falar dos efeitos das sanções ao Irã -que, diz, já estão incomodando o regime- e, na análise de Kagan, receber o crédito pelo esforço diplomático necessário para obter a aprovação da punição na ONU.
Segundo o "Washington Post", Obama, desde o início do mandato, não achava que o Irã aceitaria sua oferta de negociar. Ele classificou como "nada de novo" a proposta iraniana de retomar o diálogo com o P5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha). E, diz Kagan, Washington não anseia por novas conversas com o rival, embora deixe a "porta aberta" à diplomacia.
Hillary e Lula
Em março, em Brasília, Hillary Clinton teria pedido a Lula para apoiar as sanções contra o Irã. Lula recusou, dizendo temer que o Irã se tornasse outro Iraque -isto é, um novo palco de guerra.
Irritada, Hillary teria lembrado ao presidente que não se tratava mais do governo de George W. Bush -mas, sim, de Obama.
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